A história de Lázaro Ramos e Taís Araújo já é conhecida como uma das mais bonitas da TV brasileira — parceria, respeito, talento e uma construção de vida que inspira muita gente. Mas o começo desse amor, revelado por Lázaro em entrevista ao Globo Repórter, mostra algo ainda maior: que às vezes o coração só precisa de coragem… e de uma boa amiga para empurrar.
Lázaro contou que se apaixonou por Taís logo de cara. Não foi preciso muito tempo para entender que havia algo ali que mexia com ele. Mas, como acontece com muitos de nós quando encontramos alguém que realmente importa, bateu o medo. E foi esse medo que o levou a procurar conselhos com uma pessoa especial: Adriana Esteves.
Ele contou a ela, quase em segredo, com aquele cuidado de quem teme parecer bobo:
“Adriana, estou apaixonado por uma menina aí…”
— Quem é?
“Não conta pra ninguém, não… é a Taís Araújo.”
A partir daí, Adriana assumiu o papel de amiga-cupido que o Brasil não sabia que precisava conhecer. Sem hesitar, tirou Lázaro da hesitação e colocou no impulso:
“Você vai ligar agora. Vai se declarar. Agora.”
E Lázaro foi. Com medo, com a voz trêmula, mas foi. Ligou, desligou, tremeu de nervoso… até que finalmente disse o que sentia — justamente quando Taís estava entrando em um avião, a caminho dos Estados Unidos.
“Queria te dizer uma coisa para você ir pensando na viagem: estou apaixonado por você”, ela lembra, sorrindo.
O que ele não imaginava é que o sentimento já era correspondido. Taís conta que algo dentro dela já tinha escolhido esse caminho. Ao voltar ao Brasil, ela encerrou seu noivado e ligou para ele de volta, sem rodeios:
“Já resolvi a minha situação. Estou esperando você.”
E ali, entre telefonemas, coragem emprestada e sinceridade, começou um dos romances mais marcantes da cultura brasileira.
Ao longo dos anos, dividiram novela, série, palcos, projetos, sonhos — e até uma breve separação, daquelas que ensinam, fortalecem e devolvem. Hoje, seguem lado a lado, criando João Vicente e Maria Antonia, construindo uma história que mistura amor, maturidade e propósito.
Essa lembrança que Lázaro trouxe à tona é mais que uma curiosidade: é uma reflexão delicada sobre o amor que nasce do real, do imperfeito, do vulnerável. Sobre como até quem brilha para milhões também sente medo na hora de entregar o coração. Sobre o valor de uma amizade que enxerga o que a gente ainda está aprendendo a ver.
E, principalmente, sobre a beleza de dar o primeiro passo — mesmo quando faltam palavras, mas sobra verdade.
