Revista Raça Brasil

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Feira Afroempreendedor Ubuntu no ABC

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Amarildo Nogueira

Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Católica de Santos, MBA em Logística Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Business and Management International Professional pela University of California (Irvine-EUA). É Consultor empresarial e autor do livro Logística Empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. Ministra Palestras e Treinamentos em todo Brasil, onde já desenvolveu e capacitou mais de 60.000 pessoas.

No sábado dia 22 de setembro de 2018, das 13h às 22h, na cidade de São Bernardo do Campo – SP, ocorreu a 1ª Feira Afroempreendedores Ubuntu. A feira teve como objetivo estimular o consumo de produtos que fazem parte da cultura negra.

O intuito da feira foi de proporcionar a valorização da cultura negra em um circuito que envolveu música, arte, gastronomia e moda. Uma das atrações da Feira do Afroempreendedor, foi a comercialização de produtos e serviços relacionados à cultura negra como bijuterias, turbantes, roupas e outros acessórios de moda afro, doces e salgados artesanais, cortes de cabelo, maquiagem, entre outros.

O nome dado para a feira vem da palavra Ubuntu, que possui diversos significados, mas dois deles são os mais citados nos mecanismos de pesquisa, são eles: “Humanidade para os outros” ou “Sou o que sou pelo que nós somos”. É uma antiga palavra africana e tem origem na língua Zulu (pertencente ao grupo linguístico bantu) e significa que “uma pessoa é uma pessoa através (por meio) de outras pessoas”.   Na história podemos perceber o Ubuntu na história pode ser percebido na influência de Nelson Mandela, sendo no Ubuntu que esse ser humano histórico se inspirou. Com isso, o ubuntu acabou se ligando à luta contra Apartheid na África do Sul, pois Nelson Mandela também se inspirou na prática do ubuntu para promover a reconciliação nacional, onde negros e brancos seriam vistos igualmente na sociedade.

Idealizada por Nego Doce e Leo Superliga, a mesma foi um sucesso recebendo muitos visitantes, que elogiaram a organização e qualidade da feira. Ao perguntar para Jefferson (empreendedor da marca Nego Doce) sobre a feira, ele resumiu da seguinte forma:

              “Em 2016 comecei a realizar algumas exposições da minha marca de roupas, Nego Doce. Neste período comecei a ouvir comentários sobre as dificuldades que meus colegas afrodescendentes tinham de colocar seus produtos no mercado, com intuito de obter novas oportunidades. Foi neste momento que tive a ideia de organizar uma feira cultural que pudesse proporcionar a exposição de meus produtos e de pessoas que também tinham este desejo, mas que não tinham um local. Naquele momento não tinha condições financeiras e estruturais para realizar a mesma, mas acreditava em meu sonho de que um dia a mesma iria acontecer. Busquei parceiras, participantes e local que pudesse receber a feira. Muitos não acreditaram na ideia, mas no dia 22/08/2018 conseguimos reunir 26 expositores, de produtos e serviços variados, obtendo grande sucesso! No dia da feira, meu sentimento era sinônimo de alegria e realização. Aguardem, pois no ano que vem tem mais!”

É preciso fortalecer essa rede para que homens e mulheres negras conquistem integral estabilidade como empreendedores, e revelem ainda mais suas ações protagonistas na economia do país. Para estimular este mercado, a Feira Afroempreendedor Ubuntu proporcionou a oportunidade para que empreendedores negros realizassem a exposição de seus belos trabalhos.

Grande abraço e sucesso!

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