A CARREIRA DE PRETA GIL

Saiba mais sobre a carreira da cantora Preta Gil

 

TEXTO: Maitê Freitas | FOTO: Fernando Torquatto/Divulgação | Adaptação web: David Pereira

A cantora Preta Gil | FOTO: Fernando Torquatto/Divulgação

A cantora Preta Gil | FOTO: Fernando Torquatto/Divulgação

Leonina e mãe do Francisco, Preta Gil amadureceu e construiu uma carreira sólida, cheia de histórias e atitude. “Eu deixo que eles falem, pois eu sei o meu lugar (…) Tenho as minhas vontades e por isso vou seguir / Vou seguir o meu valor, vou seguir o meu calor / O que eu falo, o que penso não peço por favor ”, diz uma de suas composições, “Meu Valor”.Preta Maria Gadelha Gil Moreira, também conhecida por Pretinha, Nega, Maria ou simplesmente Preta Gil, aos 39 anos, mostra a que veio e que não é só uma cantora que pegou carona na carreira do pai, o músico Gilberto Gil.

Com o pai e com a mãe, Sandra Gadelha, aprendeu a dividir o espaço desde cedo com os primos e os sete irmãos, contrariando todos os boatos de que não passa de uma mimada. “Tive uma educação liberal que me ensinou a amar e a respeitar todos e tudo”. Cresceu tendo como companhia os tios Caetano Veloso, Maria Bethânia e, como madrinha, a cantora Gal Costa, de quem ganhou os primeiros paetês. “Meu lado travesti veio da minha madrinha”, conta.

Mais sobre a carreira de Preta Gil: Em 2003, quando lançou o primeiro disco “Prèt-a Porter”, ela abalou os moralistas de plantão ao posar nua, dar entrevistas assumindo experiências bissexuais e ter um corpo que fugia dos padrões de beleza. Bem resolvida com suas curvas, a cantora levanta a bandeira em defesa da não-padronização do corpo feminino, lançando campanhas de moda “plus size”.Com onze anos de carreira musical e uma trajetória que inclui a gravação de cincos CDs, atuação em cinema, novela e apresentação de programas, a “polêmica” Preta Gil, como é vista por alguns, mostra que é versátil e obstinada pelo trabalho: “tiro quinze dias de férias por ano”, revela, sem tom de pesar.

Desde 2007, é ícone do carnaval de rua carioca, levando mais de um milhão de pessoas ao Bloco da Preta, lotando as casas de shows com a Noite Preta. Faz shows do norte ao sul do país e seu público inclui gays, lésbicas, magros, gordinhas, heterossexuais, e vai da classe alta carioca ao subúrbio. “Tem espaço para todo mundo se divertir”, afirma a cantora.“Preta é como uma egrégora, ela é um estado de ser”, diz seu produtor Horacio Brandão. A cantora, que levanta várias bandeiras em prol das mulheres, das gordinhas, dos negros e dos homossexuais, tem como principal mote o respeito à diversidade.

Leia a entrevista com Preta Gil.

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