A guerra na Ucrânia e a questão racial: live com especialistas debate situação de refugiados

Live discute a crise dos refugiados e coloca em check o modo como africanos e europeus fugindo da guerra tem sido tratados pelas autoridades

Na próxima segunda-feira (21), a Revista Raça, em parceria com o Quebrando Tabu e o Terra, promove uma live para discutir a crise dos refugiados na fronteira entre a Ucrânia e a Polônia, ressaltando as questões raciais que envolvem o modo como os refugiados africanos tem sido tratados durante a fuga do país do leste europeu.

Com o tema “A guerra na Ucrânia e a questão racial”, a live terá mediação do CEO da Revista Raça, Maurício Pestana e recebe o Ph.D em estudos Africanos e Afro-Americanos, Ibrahim Sundiata, além do Doutor em estudos dos Imigrantes pela Universidade de Columbia, John Dreyer e o Mestre em Cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia, Zulu Araújo.

A live acontece no Facebook da Raça, às 17h.

Conheça os participantes de live:

Ibrahim Sundiata

Ibrahim K. Sundiata é um estudioso americano da história da África Ocidental e afro-americana . Ele se formou na Ohio Wesleyan University (BA, 1966), e possui um Ph.D. (1972) na Northwestern University , onde estudou com Ivor Wilks . Atualmente é professor de História e Estudos Africanos e Afro-Americanos na Brandeis University .

Sundiata atuou como presidente do departamento de história da Howard University e lecionou na Rutgers University , Northwestern University , University of Illinois em Chicago e na Universidade Federal da Bahia . Ele recebeu bolsas da Fundação Ford , Woodrow Wilson Center e Programa Fulbright , e foi membro do WEB DuBois Institute da Universidade de Harvard . Ele também é membro do Conselho de Relações Exteriores.

A pesquisa de Sundiata tem se concentrado na escravidão atlântica, migração e colonialismo e seus legados na Guiné Equatorial e na Libéria e, mais recentemente, nas relações raciais nos Estados Unidos e na América Latina, particularmente no Brasil.

John Dreyer

Norte-Americano de ascendência judaica, Dreyer tem se dedicado há décadas ao estudo e interpretação do racismo no Brasil e nos Estados Unidos. É bacharel em Letras pela University of Pittsburgh (1968), Mestre no ensino de línguas estrangeiras; Mestre em Relações Raciais Comparadas: Brasil, Estados Unidos e a África Portuguesa; Doutor em Educação para o desenvolvimento e o ensino de línguas e Doutor em estudo dos Imigrantes Portugueses. John Dreyer acumula mais de 40 anos dedicados ao entendimento de questões mais profundas do racismo contemporâneo.

Zulu Araújo

Natural de Salvador, Zulu Araújo é doutorando em Relações Internacionais e mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Tem experiência como produtor e gestor cultural. Desde 2015 é Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon – vinculada a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Araújo atuou durante dez anos como diretor e conselheiro do Grupo Cultural Olodum, quando viu nascer o Bando de Teatro Olodum. Em 2003 foi diretor de Promoção, Intercambio e Divulgação de Cultura Afro-brasileira da Fundação Palmares e, em 2007, o então ministro Gilberto Gil o indicou para presidir a instituição, onde permaneceu até 2011.

O gestor cultural também ocupou a direção da Casa da Cultura da América Latina e a Coordenação Geral do Festival Latino-americano e Africano de Arte e Cultura (FLAAC), em 2012. Foi administrador e coordenador cultural da Praça do Reggae, assessor especial da SecultBA e da Fundação Cultural do Estado, além de atuar como coordenador-geral na celebração dos 300 anos de Zumbi dos Palmares.

A sua militância no Movimento Negro e trajetória de iniciativas de trabalho em defesa da valorização da cultura afro-brasileira converge com as ações da Fundação Pedro Calmon de promoção ao conhecimento, à leitura, informação, e preservação da memória.

Maurício Pestana

É jornalista, publicitário, gestor público e privado. Iniciou sua carreira jornalística como cartunista em 1982 no jornal O Pasquim, Os estudos acadêmicos tiveram início na mesma década com passagens na Fundação Santo André e Fundação Casper Líbero. Dos órgãos da grande imprensa que trabalhou contam: Diário do Grande ABC, Diário Popular e Gazeta Esportiva e, atualmente, trabalha como analista político para diversidade e Inclusão na CNN Brasil.

Seu reconhecimento como intelectual, jornalista, escritor e cartunista se deu pelo seu forte ativismo na luta pela igualdade racial no Brasil e no exterior descritos nas várias exposições, conferências, palestras, artigos e principalmente livros publicados, num total de mais de 70 obras, entre elas destacam-se:

A Transação da Transição (1985); Negro no Mercado de Trabalho (1986); Educação Diferenciada (1989); Meu Brasil brasileiro (2002); Racista, Eu!? De jeito nenhum (2001); São Paulo Terra de toda Gente (2004); Revolta dos Malês: a saga dos muçulmanos baianos (2010); (2010); Revolta das Chibatas: a revolta cidadã dos marinheiros (2011); 2 de Julho: a Bahia na Independência do Brasil (2013); Negro, uma outra história: Aplicando a Lei 10.639 (2014); A Presença Negra e Indígena na Independência do Brasil (2014); Racismo Cotas e Ações Afirmativas (2014). Coleção lendas de deuses da África (12 livros) 2019; a EMPRESA ANTIRRACISTA (2021).

Entre os países no qual se apresentou como conferencista sobre igualdade, foi expositor e para lançar livros, estão: Estados Unidos, Espanha, França, Portugal, Argentina, Venezuela e Senegal.

Em 2007 assumiu a função de Diretor executivo da Revista Raça Brasil, (única revista de circulação nacional direcionada a população negra do Brasil), entre as principais reformas editoriais que realizou, criou a seção Páginas Pretas, onde mensalmente, nos 13 anos que esteve à frente da revista, entrevistou dezenas de personalidades do Brasil e do exterior com foco na questão racial. Hoje ocupa o papel de CEO do periódico.

Foi membro do conselho Deliberativo do Fundo Baobá- Fundo de Equidade Racial, do Conselho Administrativo do Museu Afro Brasil e assumiu, em 2014, o cargo de Secretário Adjunto da Secretaria Municipal da Igualdade Racial da Cidade de São Paulo, na gestão do ex-ministro da educação e prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e foi promovido em 2015 ao cargo de secretário. Entre outras realizações, criou a Lei de Cotas na cidade de São Paulo, destinando 20% de todos os cargos em concurso público para afrodescendentes.

Idealizou o primeiro Fórum São Paulo Diverso, encontro que durante oito anos consecutivos reúne centenas de empresas, em sua maioria, multinacionais como o Google, Microsoft e IBM. A iniciativa hoje tem sido reproduzida em todo país e visa a colocação de negros em cargos estratégicos nas grandes empresas com o apoio do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Atualmente, o jornalista escreve quinzenalmente para a revista Isto é Dinheiro, é analista da CNN Brasil e faz parte do conselho Administrativo da ActionAid, além de presidir o comitê de Diversidade e Inclusão do Alicerce Educação.

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