A  lenda do atletismo sonha com o ouro na maratona em Los Angeles 2028

Hellen Obiri já escreveu seu nome na história do atletismo. Aos 35 anos, a queniana é dona de uma trajetória impressionante, com duas medalhas de prata nos 5000 m, conquistadas na Rio 2016 e em Tóquio 2020. Mas, em 2022, decidiu se reinventar: trocou as provas de pista pela maratona, uma mudança ousada para quem já estava consolidada no esporte.

Em pouco tempo, Obiri mostrou que essa nova jornada era a escolha certa. Em 2023, ela brilhou ao vencer duas das maiores maratonas do mundo: Boston, em abril, com 2h21min38s, e Nova York, em novembro, completando em 2h27min23s. Já nos Jogos de Paris 2024, em sua estreia olímpica na maratona, conquistou o bronze.

Mas para ela, ainda falta algo. O ouro olímpico segue sendo o grande sonho. “Tenho muitos anos para correr ainda. Estou trabalhando tanto para conseguir esse ouro. Los Angeles está a três anos de distância e, talvez, seja minha última Olimpíada. Se eu conquistar esse ouro, vou sentir que minha jornada está completa, porque vou ter conquistado tudo”, afirmou Obiri.

A vontade de correr uma maratona não surgiu agora. Segundo a própria atleta, essa ideia já a acompanhava desde 2011. No entanto, a decisão de mudar de prova só veio em 2022. “Não foi uma mudança fácil. Muitas pessoas me desencorajaram, dizendo que uma maratona não é como os 5000 m. Mas eu precisava tentar, precisava saber se esse era o meu caminho”, explicou.

E foi. Obiri encontrou na maratona um novo sentido para sua carreira. “Quando fiz minha primeira prova, foi incrível. Me motivou a voltar e trabalhar ainda mais, porque senti que ali era o meu lugar. Era onde eu deveria estar.”

Além das medalhas e títulos, Obiri carrega a inspiração de ser um exemplo de superação e reinvenção. Com conquistas em diversas modalidades, incluindo o ouro no Mundial de Cross-Country e nos 3000 m indoor, ela segue desafiando os limites e buscando novos horizontes.