Revista Raça Brasil

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A lenta redução da violência contra pessoas negras no país

Mesmo com a redução geral nos homicídios no Brasil, a realidade para a população negra ainda é preocupante. Os dados do Atlas da Violência 2025, divulgados nesta segunda (12), mostram que a queda no número de mortes de pessoas negras segue sendo mais lenta e desigual em comparação com outros grupos.

Em 2023, foram registradas 35.213 mortes de pessoas negras — uma pequena queda de 0,9% em relação a 2022. Pode parecer um avanço, mas quando olhamos mais de perto, o cenário é alarmante: esse número ainda é mais que o triplo dos homicídios de pessoas não negras (9.908). Além disso, a redução entre os não negros foi maior, de 2,9%.

O estudo, feito pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que ser negro no Brasil aumenta em 2,7 vezes o risco de ser assassinado, se comparado à população não negra.

Um país de contrastes

Entre as regiões do Brasil, o Sudeste foi a única que teve aumento nos homicídios de pessoas negras entre 2022 e 2023 — uma alta de 3,8%. Já os homicídios de não negros subiram menos, 1,9%. No recorte dos últimos dez anos, a boa notícia é que todas as regiões reduziram os índices de violência contra pessoas negras. A maior queda aconteceu no Centro-Oeste (-46,2%), e a menor, no Nordeste (-5%).

Amapá lidera com a pior taxa

Entre os estados, o Amapá se destacou negativamente: a taxa de homicídios por 100 mil habitantes pulou de 48,8 para 70,2 em apenas um ano — uma alta de 43,9%. E olhando para o período de 2013 a 2023, o crescimento foi ainda

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