A ativista negra Assata Shakur, ex-militante dos Panteras Negras, morreu aos 78 anos em Havana, onde viveu exilada por quatro décadas. Condenada pelo homicídio de um policial em 1973, sua história sempre dividiu opiniões: para o FBI, era uma “terrorista perigosa”; para movimentos negros, uma referência de resistência.
Ferida durante a abordagem policial que resultou na condenação, Assata sempre afirmou ser vítima de perseguição política. Em 1979, conseguiu fugir da prisão e recebeu asilo em Cuba, onde permaneceu até a morte.
Após o anúncio, sindicatos, militantes e intelectuais ressaltaram seu papel na luta antirracista, enquanto políticos conservadores reforçaram a narrativa de criminosa. Para a ativista Angela Davis, o caso simboliza como lideranças negras foram demonizadas para justificar repressão.
A memória de Assata segue em disputa, refletindo a ferida aberta do racismo nos Estados Unidos.