A polêmica nota de 20 dólares

Imagem de abolicionista escolhida em 2016 para estampar a cédula só deve ocupar o espaço em 2028

Abril de 2016. Um funcionário do Departamento do Tesouro informou que o retrato da ex-escrava Harriet Tubman substituiria o de Andrew Jackson, ex-presidente dos Estados Unidos e, na época, dono de escravos, que desde 1928 tem sua imagem estampada na cédula. Seria a primeira vez que uma mulher negra estaria na moeda americana. A escolha se deu por meio de uma enquete realizada durante o governo de Barack Obama.

Na época, o então secretário do Tesouro Jacob Lew afirmou que a ativista negra era “não apenas uma figura histórica, mas também um modelo de liderança e participação na democracia” Tubman, que combateu a escravidão no século XIX, apareceria na parte da frente da popular nota de 20 dólares. Para que a mudança se concretizasse, no entanto, seria preciso esperar mais de uma década devido à necessidade de adequar a maquinaria do Escritório de Impressão e Gravura onde são produzidos os dólares e superar os testes de segurança.

Maio de 2019. O novo desenho da nota de US$ 20 estava previsto para entrar em vigor no ano que vem, mas o secretário de Tesouro dos Estados Unidos afirmou que será adiado até 2028.

Explicou apenas que a prioridade no redesenho são “as questões de falsificação”, e por isso “a nova nota de US$ 20 não virá antes de 2028” Mnuchin afirmou, porém, que antes disso o Tesouro americano vai lançar novas notas de US$ 10 e US$ 50. Ele não quis comentar se concordava ou não com a imagem de Tubman na nota.

Em sua campanha eleitoral, Donald Trump expressou admiração pelo ex-presidente Andrew Jackson e afirmou que o plano de o substituir por Tubman era algo “puramente politicamente correto”, sugerindo que a ativista – que chamou de “fantástica” – fosse retratada na nota de US$ 2, que não está mais em circulação.