Antes da assinatura da Lei Áurea, homens e mulheres negras já lideravam a luta pela abolição da escravidão no Brasil
Muito antes da assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888, homens e mulheres negras já travavam uma longa e estratégica luta pelo fim da escravidão no Brasil. O movimento abolicionista é resultado da resistência de milhões de pessoas que enfrentaram o regime escravista por meio de fugas, levantes, articulação política e ação direta.
Entre os nomes fundamentais dessa luta está André Rebouças, engenheiro e intelectual negro que atuou nos bastidores do Império pressionando pela abolição e defendendo políticas de inclusão para os libertos. Também se destaca José do Patrocínio, jornalista, orador e um dos maiores ativistas do movimento, que usou a imprensa e a palavra como armas contra o sistema escravista.
Mas a luta também foi feita por mulheres, como Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira. Com sua obra literária e postura pública, denunciou as violências da escravidão e defendeu a liberdade como um direito inegociável. Sua atuação inspirou gerações, ainda que seu nome tenha sido silenciado por décadas nos livros de história.3