Afro-americanos são soltos após 24 anos presos por crime que não cometeram

Juiz de Nova York anula condenação dos três detentos após concluir que provas foram ocultadas durante o processo

Um erro judicial levou três homens inocentes a passarem quase um quarto de século na prisão por um crime que, segundo provas que deixaram de ser apresentadas durante o julgamento, eles não cometeram. Um juiz distrital do Queens (Nova York) anulou nesta sexta-feira as condenações dos três supostos autores de um duplo latrocínio perpetrado em 1996 nesse distrito, além de advertir os promotores do caso por terem retido provas que geravam sérias dúvidas sobre a responsabilidade dos réus, condenados a penas que oscilavam de 50 anos de reclusão à prisão perpétua.

Às vésperas do Natal de 1996, o dono de uma empresa de mudanças e seu guarda-costas, um policial em horário de folga, foram assaltados e mortos a tiros por um grupo de homens. Após vários dias de incessante caçada, três homens foram presos como suspeitos e posteriormente julgados separadamente. Todos eles foram mantidos presos até esta sexta, quando saiu a decisão do juiz do Queens que desmonta o caso.

Segundo a nova sentença, os promotores sonegaram trechos do inquérito policial em que os investigadores atribuíam o duplo latrocínio a outros autores, membros de uma quadrilha local. Os relatos de cinco testemunhas, aos quais a defesa dos réus nunca teve acesso, contradiziam as confissões dos acusados, que por sua vez descreviam detalhes equivocados sobre o local do crime e, segundo seus advogados, foram obtidas sob coação.

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