Afrobapho se prepara para celebrar 10 anos de história

Em entrevista exclusiva, o produtor cultural e idealizador do coletivo Afrobapho, Alan Costa @alan.afrobapho revela os planos para a celebração de uma década de trajetória que serão completados em 2025. O coletivo baiano Afrobapho foi criado em 2015 é composto por jovens negros LGBTQIAP+, crias das periferias de Salvador e que fazem da arte uma ferramenta de mobilização, sensibilidade e visibilidade social. O movimento funciona como uma plataforma de ação coletiva, produzindo narrativas criativas para tratar de questões sociais e direitos humanos.

Com apresentações de dança, música, performances artísticas e produções audiovisuais, o grupo traz um olhar antirracista, discussões sobre sexualidade e gênero, além de questões estéticas que embatem com o padrão heteronormativo da sociedade brasileira. Nesses quase 10 anos de atuação, o Afrobapho consagrou-se um dos mais importantes coletivos LGBTQIAP+ do país. E por seu trabalho de ações a favor das culturas LGBTQIAP+ foram premiados com “Xica Manicongo”, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores de Salvador, “Jorge Lafond” prestigiado pelo Distrito Drag de Brasília e foi o primeiro colocado entre os coletivos LGBTQIAP+ do Nordeste, oferecido pelo Ministério da Cultura.

O trabalho do coletivo teve impacto sociocultural e reconhecimento nacional, por meio de jornais, revistas, TV, filmes, documentários e artigos chegando ao acervo do Museu da Diversidade (São Paulo-SP), e do Museu Cidade da Música (Salvador-BA). Suas experiências fizeram o coletivo tornar-se premiado inclusive fora do Brasil, quando a Revista Vogue (Inglaterra), os elegeram top 10 dos principais agentes da luta LGBTQIAP+ mundial, 50 anos após o emblemático Stonewall.

Muito atuante em Salvador, o coletivo @afrobaphooficial realiza projetos culturais e artísticos, conectando saberes e, sobretudo envolvido nas causas negras e LGBTIA+, fortalecendo diálogos sociais e pautas com foco em inclusão e diversidade. Além de viabilizarem uma rede de colaboração que reúne vários artistas independentes e que fazem acontecer as culturas locais.

Para Alan Costa é necessário comemorar esses 10 anos de história e resistência e pretende em 2025 fazer muitas ações artísticas e culturais. Um documentário também faz parte dos desejos para celebrar e contar a trajetória e os impactos causados pelo coletivo nas artes, cultura e política no Brasil. “E não vai faltar festa, música, dança, tudo que o Afrobapho tem de melhor, completou o produtor. Grande referência do ARTvismo no Brasil e no mundo, o Coletivo Afrobapho se transformou em uma respeitável plataforma de criatividade e

inclusão social, que usa a arte com grande transformadora social.

Por Sabrina Andrea @sabrandrea

Foto: Edgar Azevedo @edgardazevedo

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