Agências da ONU e Mianmar assinam acordo para proteger refugiados rohingya que voltarem ao país

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinaram nesta quarta-feira (6) um acordo com o governo de Mianmar para garantir o retorno digno e voluntário de refugiados rohingya. Cooperação entre o país e os organismos internacionais permitirá verificações de segurança no estado de Rakhine, onde uma onda de violência étnica levou ao deslocamento forçado de mais de 671 mil rohingyas desde agosto do ano passado.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que as condições para a repatriação segura dos rohingyas “ainda não são uma realidade”. Contudo, acrescentou o dirigente, o novo acordo representa um “primeiro passo (do governo de Mianmar) para enfrentar as causas do conflito em Rakhine”.

Em comunicado divulgado por seu porta-voz, o chefe das Nações Unidas reitera seu apelo por um fim à violência, além de pedir que os responsáveis por violações de direitos sejam responsabilizados. O secretário-geral cobrou reparações para as vítimas e defendeu o acesso humanitário a todas as áreas de Rakhine.

Na semana passada, o ACNUR explicou que, com o acordo, poderá avaliar as condições de vida das comunidades na região que foi palco da violência étnica. O organismo realizará atividades de proteção em Rakhine, fornecendo informações aos refugiados sobre seus locais de origem e ajudando-os a tomar decisões sobre o regresso com segurança e dignidade.

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