Alunos brasileiros denunciam xenofobia e racismo em universidade portuguesa

Um canal de denúncias criado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa recebeu 50 queixas contra 31 docentes nos primeiros 11 dias em que ficou aberto à comunidade universitária. Este número equivale a 10% dos professores da instituição. Trata-se de reclamações relativas a xenofobia, racismo, assédios moral e sexual, sexismo e homofobia. O relatório será entregue ao Ministério Público de Portugal.

Ao todo, foram cinco denúncias de xenofobia e racismo. De acordo com um relatório que o jornal Diário de Notícias teve acesso, entre esses casos há queixas de brasileiros, negros ou pessoas originárias de países africanos de língua oficial portuguesa.

Há ainda 29 reclamações de assédio moral, 22 de assédio sexual e oito de sexismo. O documento também informa que as situações de abuso relatadas aconteceram, sobretudo, presencialmente. “(Os relatos) referem-se a atividades em aula ou na sequência da aula, embora também haja casos relativos a provas orais (cinco) e um relativo a uma prova escrita”, diz o relatório.

O relatório também informa que há situações de abuso ocorridas por meios digitais, como redes sociais e por email.

Mais da metade das denúncias estão concentradas em apenas sete professores. Do total de relatos, 19 sustentam que as situações de abusos são “práticas reiteradas”.

A direção da Faculdade de Direito informou que o relatório com as denúncias recebidas será entregue ao Ministério Público de Portugal.

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