Alunos da UFMG denunciam falas racistas de professor de sociologia

Alunos espalharam cartazes com frases ditas por um professor de sociologia; declarações atingem pessoas negras e indígenas

Nesta sexta-feira, 7, o Centro Acadêmico Lélia Gonzalez (CALZ) publicou uma nota de repúdio sobre as falas racistas feitas por um professor de sociologia da faculdade. Na nota, o centro compartilhou imagens de cartazes feitos por alunos e espalhados na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma forma de denunciar o ocorrido.

Segundo o cartaz, o professor teria dito: “Nós, professores, temos que decidir se jubilamos (expulsamos) esses alunos ‘índios’ porque nem a nossa língua eles falam”.

Em outro, diz que “os africanos possuem um apetite sexual maior, por isso o contingente populacional é tão grande”. Ambos os cartazes estão assinados como “professor de sociologia” e a identidade do homem não foi revelada.

O centro acadêmico afirma que as declarações e práticas racistas do professor são “prejudiciais por serem incompatíveis com os princípios de igualdade, diversidade e inclusão que devem nortear o ambiente acadêmico”, diz nota.

Comunicado ainda diz que “o papel do professor é orientar os alunos na construção do conhecimento, estimulando o pensamento crítico e a reflexão, mas jamais propagar discursos de ódio ou perpetuar ideologias preconceituosas”. O centro prestou seu apoio aos alunos que foram atingidos pelas falas racistas. “Vocês não estão sozinhos, e estamos aqui para lutar ao lado de vocês pela justiça e pelo respeito”.

Terra NÓS entrou em contato com a UFMG para saber o posicionamento da instituição e não teve resposta até o fechamento desta matéria, que será atualizada com a resposta da UFMG caso os representantes retornem o contato.

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