Antonio Pitanga narra audiolivro “O Pequeno Príncipe”
Antonio Pitanga, que interpretou inúmeros papéis em 60 anos de carreira, narra o clássico infantil, “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry
A partir de hoje (19/01) está disponível em português, pelo serviço Audible, com a narração de Antonio Pitanga, o audiolivro “O Pequeno Príncipe“, de Antoine de Saint-Exupéry, escrito em 1943.
O livro, que apresenta as aventuras do Pequeno Príncipe encontrado por um aviador no deserto do Saara, já foi narrado em diversos idiomas e por astros internacionais, como Richard Gere e Richard E. Grant. Em português, são 2h36 de narração.
Segundo a Audible, o processo de escolha do elenco de narradores brasileiros consiste em uma fusão cuidadosa entre critérios artísticos e técnicos que levam em consideração múltiplos aspectos, incluindo a afinidade do narrador com a história, a autoria ou a temática.
“Antonio Pitanga, assim como a obra O Pequeno Príncipe, dispensa apresentações. Com mais de 60 anos de carreira em diversos meios como cinema, teatro e televisão, desta vez podemos escutar seu talento narrando esta história tão especial e atemporal, reforçando o contínuo compromisso da Audible em enaltecer as vozes que de fato representem a imensa
diversidade cultural e artística do Brasil”, afirma Adriana Alcântara, diretora-geral da Audible no Brasil.
O premiado ator, demonstrou que está em processo contínuo de aprendizado e destacou que mesmo tendo realizado várias dublagens, narrar um audiolivro trouxe o aprimoramento da técnica de expressão vocal e a capacidade de transmitir emoções através da voz. “Durante o processo de narração, os principais desafios que enfrentei foram: preparação, fluência, qualidade de áudio e expressão vocal. Todos esses itens proporcionaram aprendizados valiosos que contribuíram para o aprimoramento das minhas habilidades de narração”.
Antonio Pitanga foi além e disse que o seguimento abre oportunidades para a classe artística. “A narração de livros requer habilidades de interpretação e expressão vocal, o que permite que os artistas mostrem o seu talento e criatividade. O segmento também oferece oportunidades para os profissionais de produção de áudio, como engenheiros de som e produtores musicais. Uma adaptação de obra para o formato de audiolivro permite que escritores e roteiristas encontrem oportunidades para adaptar suas próprias obras ou obras de outros autores. Além disso, com a crescente popularidade dos audiolivros, trata-se de
um setor em expansão e que pode proporcionar novos desafios e possibilidades criativas
para os artistas”.
Crédito da foto: Divulgação.
Lançamentos
Colecionismo de arte, de Jancileide Souza dos Santos
Publicado pela editora Appris, o livro analisa a história do processo de promoção, circulação e apropriação estética da arte denominada popular, a partir da experiência de colecionismo, da construção de um campo artístico e da emergência de um mercado de artesanato e arte popular. No primeiro, a autora realiza uma análise das noções de arte e cultura popular, colocando em evidência conceitos como artesanato, arte primitiva, arte erudita e arte para as massas, bem como as relações entre colecionismo, apropriação cultural e estética, e os estudos do folclore e da antropologia. No segundo, examina os aspectos históricos da arte popular no Brasil, sobretudo no que diz respeito ao uso desses objetos como símbolos de uma identidade nacional e preservação do patrimônio. No terceiro, discorre sobre a formação de coleções de arte popular, o processo de legitimidade dessa produção e a sua comercialização. Já no último capítulo, Jancileide apresenta um estudo da relação entre a experiência do colecionismo e a apropriação estética dessa produção por parte de artistas modernos na Bahia.
Graciliano: romancista, homem público, antirracista, de Edilson Dias de Moura
Publicado pela Edições Sesc, o livro de Edilson Dias de Moura apresenta o resultado de uma pesquisa que revela o viés progressista e antirracista que se entrelaça aos enredos e personagens de Graciliano Ramos. O livro teve origem na pesquisa de doutoramento, que, ao mesclar análise literária, consulta documental e história, fez descobertas sobre o escritor, chegando a um estudo inédito sobre como a postura política de Graciliano em sua vida pública teve influência direta na produção de seus romances. O autor intercala a vivência de Graciliano Ramos como homem público à análise literária de seus quatro romances: Caetés (1933), São Bernardo (1935), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938), todos publicados na década de 1930. O tecido social e o cenário da educação no Brasil à época, especialmente na região Nordeste, aparecem com frequência na literatura de Graciliano, e a pesquisa de Edilson Dias de Moura desnuda justamente como essa presença é reflexo das relações entre o trabalho de criação literária e a atuação inovadora do escritor alagoano como administrador público.
Lançado pela editora Perspectiva, o livro registra a história do Projeto Rappers criado pelo Geledés – Instituto da Mulher Negra para apoiar os jovens hip hoppers da periferia de São Paulo nos anos 1990. O livro evidencia como o Geledés criou uma rede de proteção oferecendo carteira de trabalho (um dos padrões da abordagem policial ainda é deter jovens sem carteira por “vagabundagem”), assistência jurídica para lidar com as forças de segurança e autoridades públicas e viabilizar a realização dos shows; e ainda seminários para debater estes e muitos outros assuntos e promover a integração dos jovens. Cria-se ainda a primeira revista dedicada ao Hip Hop, a Pode Crê!
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