Apesar do vírus, solidários sim!
Por Margareth Menezes
Olá, gente! Sou Margareth Menezes e estou muito feliz em voltar a contribuir para este espaço de poder afro contemporâneo que é a Revista Raça, publicação que tem todas as qualidades para ser alçada a uma das maiores revistas informativas do Brasil. Yes, assim seja! Hoje, escrevo sobre solidariedade na pandemia. O sentimento de solidariedade é uma ação que está embutida na nossa prática ancestral.
Nós, negros, aprendemos a nos defender e preservar nossos legados e origens recorrendo diversas vezes a ações ligadas à prática da solidariedade. Certamente não estaríamos existindo e resistindo todo esse tempo sem as ações de heroísmo nas lutas contra a escravidão, antirracista e por direitos sociais. Sim, isso é solidariedade consciente!
Nosso país está mergulhado numa situação que beira o desespero para milhares de pessoas. O eco da destruição que afeta a todos e principalmente às famílias mais humildes ainda irá reverberar com muita potência, principalmente sob o povo preto, pobre, indígena e periférico.
Vivemos uma lentidão orquestrada com o ritmo da atual vacinação no Brasil, morosidade criada pelo descaso e ignorância dos incautos que insistem em promover o caos, e, assim, alimentando a pandemia.
Frente a isso, a solidariedade precisa falar mais alto.É exatamente nessas horas que identificamos a verdadeira relação que um povo tem com a sua existência, a verdadeira compreensão dos valores e da autoestima, a verdadeira relação de amor ao próximo que norteia a real grandeza do povo de um país.
É também nesse momento que conhecemos as verdadeiras intenções daqueles que estão no poder em relação às necessidades da população em geral. O negacionismo somado à ignorância fizeram esse resultado esdrúxulo que estamos vivendo. A solidariedade com o vírus nos meteu nesse inferno. Em março, completamos um ano de pandemia e o povo brasileiro não precisava estar passando por essa situação. Isso é fato! A falta de competência dos poderes públicos e os conflitos políticos nos colocaram nessa situação lamentável.
O que é mais urgente fazermos agora?
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