Durante a partida entre Real Madrid e Pachuca, realizada neste domingo pela Copa do Mundo de Clubes, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel acionou o protocolo da Fifa contra racismo após uma confusão envolvendo o zagueiro alemão Toni Rüdiger.
Segundo informações do jornal Diario As, Rüdiger relatou ter sido chamado de “negro de m*” pelo argentino Gustavo Cabral, defensor do Pachuca. Após o jogo, Cabral negou a acusação de injúria racial, alegando que a ofensa proferida teria sido “cagão de m*”.
O episódio ocorreu já nos acréscimos do segundo tempo, quando Cabral acertou uma braçada no rosto de Rüdiger em uma disputa aérea próxima ao gol. O jogador do Real Madrid caiu no gramado e, ao se levantar, foi tirar satisfações com o adversário, iniciando um bate-boca tenso.
Visivelmente revoltado, Rüdiger procurou o árbitro para relatar o insulto. O clima esquentou entre os atletas, mas colegas de ambos os lados tentaram conter os ânimos. Em seguida, o árbitro Ramon Abel foi ao centro do campo e sinalizou com os braços cruzados, gesto que indica uma denúncia de racismo — conforme previsto pelo protocolo oficial da Fifa.
Como a suposta ofensa não foi presenciada diretamente pela arbitragem, a partida não foi interrompida. Ainda assim, o protocolo exige que o caso seja apurado pelas autoridades competentes.
“O que está no protocolo da Fifa será seguido. Situações como essa não podem ser toleradas no futebol. Medidas serão tomadas”, declarou o técnico após a partida.
Mesmo após o apito final, os ânimos continuaram exaltados. Rüdiger e Cabral chegaram a se confrontar novamente na saída do gramado, mas foram separados pelos companheiros antes que a discussão evoluísse.
