Aric Diaz, mais conhecido pelas iniciais AD, descobriu o grafite ainda na adolescência, no Texas. O que antes era apenas uma paixão juvenil se transformou em um poderoso instrumento de evangelização urbana. Hoje, casado e pai de dois filhos, ele vive em Chicago e usa a arte como forma de expressão criativa e adoração a Deus.
Ao pintar um mural em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, Diaz fez disso também um momento de oração: “Deus, eu te agradeço. Me ajude. Eu preciso de Ti. Não consigo fazer isso sem Ti”.
A obra, que misturava paisagens de Chicago, versículos bíblicos e temas cristãos, foi feita para um evento evangelístico de doação de sapatos. O impacto foi imediato: motoristas paravam, buzinavam e gritavam palavras de incentivo. “Isso me mostrou que a arte estava alcançando outros”, relembra.
Nem sempre foi assim. No início, o grafite trouxe problemas com a polícia e até prisão. Houve um tempo em que ele pensou em abandonar tudo, acreditando que a arte pudesse estar ocupando o lugar de Deus. Mas, com o apoio de mentores cristãos, ele entendeu que poderia transformar seu talento em ministério. Inspirado em 1 Coríntios 10:31, ele decidiu usar cada traço para a glória do Senhor.
Hoje, além de artista, Diaz atua como coordenador de voluntários na organização cristã GRIP Outreach for Youth, que já impactou a vida de quase 500 jovens. Com os adolescentes que acompanha, ele compartilha técnicas, distribui sprays e ensina que fé e arte podem andar juntas. “Ansiamos por liberdade e redenção. A tinta spray captura isso. Em meio a cinzas e concreto, surge vida e esperança”, diz.
O trabalho não passa despercebido. “Espero que ele faça mais projetos assim, porque traz uma mensagem positiva para a cidade — de esperança, luz e o Evangelho”, afirma Eric Brown, morador que fotografava o mural ao lado dos filhos.
Para Diaz, cada muro pintado é mais do que cor. É uma semente plantada. “Não é apenas sobre mim. É sobre a comunidade e o que Deus pode fazer por meio da arte”.
