Assaí pode ser multado em R$ 870 mil e ter licença estadual cassada

Um processo administrativo foi aberto contra a rede por caso de homem negro que tirou a roupa para provar que não tinha furtado itens em Limeira, interior de São Paulo

A rede Assaí Atacadista pode receber uma multa de R$ 870 mil, uma advertência ou até mesmo ter a licença estadual caçada depois que o ajudante geral Luiz Carlos da Silva, de 56 anos, teve que tirar a própria roupa para provar que não havia furtado itens de uma unidade do supermercado em Limeira (SP). 

No início da semana, a Folha de São Paulo divulgou informações sobre a abertura de um processo administrativo aberto pela Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo para apurar o caso. De acordo com a secretaria, uma lei estadual permite que a pasta abra processos administrativos contra práticas discriminatórias, podendo aplicar punições para pessoas físicas e jurídicas.

O secretário da Justiça de SP, Fernando José da Costa, informa que a defesa de Luiz Carlos da Silva já foi procurada para que a audiência de mediação, conduzida pelo Tribunal de Justiça de SP, seja agendada.

O caso

No dia 6 de agosto, o ajudante geral, Luiz Carlos da Silva (56), tirou toda a roupa e ficou só de cueca depois de ser acusado de furto pelos funcionários do supermercado, em Limeira, interior de São Paulo. Na época, vídeos do ocorrido circularam na internet.

Durante entrevista para o site Noticia de Limeira, Silva afirmou: “Queriam me levar para um canto escuro, sem ninguém ver. Eu comecei a chamar o pessoal para gravar e servir de testemunha. Se me levassem para trás, eles colocariam alguma coisa em mim e diriam que eu roubei”.

O Assaí Atacadista lançou uma nota informando que os funcionários envolvidos foram afastados de suas funções.

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