Revista Raça Brasil

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Ateliê Bonifácio celebra ancestralidade, criatividade e coletividade

No centro do Rio, entre tantas histórias que se cruzam, um sobrado na Rua do Senado se destaca pelo afeto que pulsa em cada detalhe. É ali que a caxiense Juliana Bonifácio transformou sua vida em movimento coletivo e deu origem ao Ateliê Bonifácio, um espaço onde a cultura afro-carioca se revela através da música, da comida, da moda e da arte.

O que nasceu na sala de sua casa, em 2017, virou um refúgio para quem busca pertencimento. Mais que um empreendimento, o Ateliê é um abraço coletivo — feito de resistência, criatividade e amor.

“Eu sabia que o mercado não ia me contemplar, então decidi criar minha própria casa. Um lugar para falar de autocuidado, autoestima e ancestralidade de forma bonita. Somos criativos e prósperos, e isso precisa ser colocado para fora”, diz Juliana.

Uma roda que só cresce

O Ateliê não tinha planos de negócio no início, mas sempre teve propósito. Foi assim que a feijoada da mãe virou sucesso, o esposo trouxe a música, a irmã passou a cuidar das redes, os filhos entraram na roda e outros empreendedores pretos encontraram espaço para mostrar seus talentos.

Hoje, o Ateliê é mais que um ponto de economia criativa: é um lugar de encontros, de construção coletiva e de celebração da vida.

“Aqui a criatividade do movimento preto pulsa. É possível crescer no coletivo, sustentar o que acreditamos e ter uma economia baseada no afeto, como nossa ancestralidade sempre ensinou”, afirma Ju.

Designer de interiores, empreendedora, dona de marca própria, consultora, gestora de reformas e, acima de tudo, uma mulher que escolheu caminhar com coragem. Aos 32 anos, Juliana comemora cada conquista, cada sorriso e cada forma de existir que o Ateliê simboliza. Porque, no fim, tudo ali é sobre vida, axé e coração aberto.

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