Ativista de 24 anos é eleita Miss Universo indígena
“Sou uma mulher empoderada, que lutou muito para chegar até aqui“. Assim começa o relato da modelo mexicana Silvia Jim, que venceu o Miss Universo Indígena após superar uma série de episódios de preconceito e discriminação em sua cidade natal.
Afinal, a indústria da beleza e da moda vai muito além da estética padronizada, e tem espaço – de sobra – para todo mundo!
Silvia, de 24 anos, se tornou um símbolo de luta pela inclusão de membros das comunidades indígenas mexicanas e sua cultura, em especial nas passarelas.
Como ativista e modelo, ela se diz uma representante da beleza das mulheres de sua aldeia. No início deste mês, a jovem participou Concurso Intercultural Indígena Abya Yala, realizado no Panamá.
Durante o evento, se encontram dezenas modelos de comunidades indígenas de todo o mundo, que competem para levar a coroa da mulher indígena mais bonita do mundo.
Neste ano, Silvia, porta-voz da comunidade de Costa Chica, foi a grande vencedora.
A jovem orgulhosamente representou não só o México, mas também sua aldeia, e disse que foi motivada pelo amor ao seu país e às suas raízes indígenas.
“Quero deixar o nome do meu México e de suas 68 culturas indígenas em alta. Lutei muito para chegar aqui e jamais desisti de realizar meus sonhos, apesar da discriminação”, disse ela em seu discurso durante o evento.
Além de perseguir a carreira de modelo, Silvia estuda Medicina e é uma ativista ativa pelos direitos indígenas perante a Organização das Nações Unidas, usando suas próprias experiências de vida como ferramentas para combater o preconceito.
Agora, depois de quebrar paradigmas com seu sucesso, ela realiza um antigo sonho de infância: ser modelo com potencial para a fama internacional!
Chegar ao Concurso Intercultural Indígena Abya Yala não foi fácil, uma vez que Silvia precisou obter os títulos regionais de Miss Indígena de Guerrero e Oaxaca, além do Miss Universo Indígena México para poder competir no evento internacional.
Um caminho cheio de obstáculos, sem dúvida, mas que valeu a pena ao final: agora, ela detém o título mulher indígena mais bonita do mundo!
“Fico feliz pelo reconhecimento, mas também pelo respeito dado aos povos indígenas. Quanto mais vistos e representados somos, mais teremos espaço na mídia e nas passarelas”, completou a modelo.
Fonte: Razões para acreditar