Atriz global denucia racismo em novela

Cinnara Leal desabafou sobre a acusação de racismo que ela e outras colegas fizeram contra o diretor Vinicius Coimbra.

 As atrizes trabalharam com ele na novela Nos Tempos do Imperador e denunciaram um comportamento abusivo e preconceituoso nos bastidores. A intérprete enfatizou que o “silêncio não é uma opção”.

 “O acolhimento do público que a gente teve foi impressionante, necessário e importante. Silenciar não é mais opção, a gente não pode se permitir passar por violência, crimes e naturalizar isso. 

Qualquer tipo de violência é crime, não pode naturalizar”, frisou a artista.

“Esse é o momento que a gente precisa se unir para ter mais força e mais voz e entender que nossos corpos precisam estar vivos e em pé, e não no chão e sem vida. É comum a gente naturalizar perdas diárias de pessoas pretas por causa do racismo que é estrutural, então a gente precisa falar isso.”

Cinnara também reforçou que não pode entrar em detalhes por motivos legais: “Eu não posso falar sobre esse assunto legalmente, e emocionalmente não me sinto preparada para falar. Mas espero que a gente tenha um final digno de um Brasil em transformação, de um povo saindo de um lugar de invisibilidade, é resistir para existir”.

Após as acusações de racismo, Vinicius Coimbra foi demitido da Globo. Ele estaria à frente da próxima novela das seis da Globo, Mar do Sertão, e será substituído por Allan Fiterman, de Quanto Mais Vida, Melhor!. 

Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues procuraram a direção da emissora para reclamar de posturas discriminatórias que foram adotadas nos bastidores de Nos Tempos do Imperador. Na queixa, elas destacaram que Coimbra e sua equipe usavam falas preconceituosas e que fizeram segregação de atores negros durante as gravações.

Coimbra afirmou que desligamento não foi provocado por preconceito racial. “Fui comunicado do meu desligamento da Globo por assédio moral. Nas últimas semanas, muito foi dito a meu respeito. Por isso, agradeço àqueles que prezaram por uma apuração responsável dos fatos, sem atribuir a mim atitudes que não condizem com a minha índole ou que não são da minha competência”, afirmou.

“Como homem branco, porém, reconheço minha responsabilidade por atitudes que reproduzem privilégios. Eu sinceramente não gostaria que isso tivesse acontecido e estou empenhado para que não se repita. Desculpei-me à época e me desculpo novamente”, completou.

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