Num espaço cheio de histórias, afeto e representatividade, o estande da Secretaria Municipal de Educação do Rio tem sido um dos pontos mais marcantes da Bienal do Livro deste ano. Com foco na valorização de autores e autoras negras, a proposta é simples, mas poderosa: mostrar que a educação é um caminho para o respeito, a equidade e o orgulho de ser quem se é.
A iniciativa é coordenada pela Gerência de Relações Étnico-Raciais da Secretaria, que convida o público a mergulhar em livros que falam de pertencimento, ancestralidade, identidade e luta. São títulos que ampliam olhares e fazem da leitura uma ferramenta de transformação — principalmente para crianças e jovens.
Entre os destaques estão as professoras de História Karen Garcia Pêgas e Luciana Guimarães, que colocaram a trajetória da escola de samba Portela nas páginas de livros voltados ao público infantojuvenil. Cultura popular, educação e orgulho da negritude se encontram em histórias contadas com afeto e força.
Além disso, o estande recebe nomes que carregam trajetórias inspiradoras, como a escritora Conceição Evaristo, símbolo da literatura negra no Brasil, a poeta Roseana Murray, o humorista e autor Hélio de La Peña e o ex-jogador Cafu, que compartilham vivências, leituras e reflexões com o público.
Com atividades lúdicas e culturais, o espaço vai além dos livros — é também um convite para repensar o que ensinamos, valorizamos e transmitimos nas escolas e na sociedade. Um espaço que reconhece que a história do Brasil precisa ser contada por todas as vozes, principalmente aquelas que foram silenciadas por tanto tempo.