Ayrton era o piloto que eu queria ser, diz Lewis Hamilton que participou de evento em São Paulo

Sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 e piloto com mais vitórias e poles na história, Lewis Hamilton demonstra a cada dia estar mais à vontade no Brasil.

O heptacampeão mundial de Fórmula 1 saiu de Melbourne, deu uma passada em Londres e veio a São Paulo para uma palestra em um evento fechado. Ele discursou durante quase uma hora na manhã desta quarta-feira (13) para uma multidão animada, falou sobre racismo e enalteceu Ayrton Senna, um de seus ídolos.

Hamilton foi o principal palestrante do VTEX Day, maior evento de varejo, negócios e inovação digital da América Latina, realizado no São Paulo Expo. No palco, o piloto da Mercedes foi aplaudido desde o início.

Parte significativa da palestra foi dedicada à sua história de vida. Um garoto negro, oriundo de uma família de classe média de uma cidade do interior do Reino Unido, que driblou as adversidades para se tornar o maior campeão da Fórmula 1 e um dos principais esportistas da história.

“Sempre fui o único negro nos boxes. Quando eu perguntava o motivo, nunca ouvi uma resposta satisfatória. Acho que eles não estavam realmente interessados em achar uma resposta”, afirmou Hamilton, um dos mais importantes ativistas contra o racismo no esporte mundial.

Durante o evento, o britânico foi só elogios ao Brasil e ao público. “Estou esperando meu passaporte brasileiro”, brincou.

Entre as declarações do piloto, no palco, o público assistiu a vídeos da trajetória do britânico, desde o início do kart, até momentos marcantes de sua carreira, como a vitória épica conquistada no GP de São Paulo no ano passado, ocasião em que celebrou com a bandeira do Brasil. Seu ídolo, Ayrton Senna, não foi esquecido, é claro.

“Ayrton era o piloto que eu queria ser. É claro que, como todo garoto, eu jogava futebol, eu via futebol, via a seleção brasileira… Mas quando voltava da escola colocava uma fita no videocassete para ver o Ayrton. Fazia isso todo dia. Quando o Ayrton morreu eu estava correndo. Meu pai sempre foi um homem negro muito forte e não me deixava chorar. Então tive que me afastar por alguns instantes”, disse Hamilton, a cerca de 8 mil presentes.

“Quando Ayrton morreu eu estava correndo. Meu pai sempre não me deixava chorar. Então tive que me afastar por alguns instantes”, revelou, a respeito de como reagiu à trágica morte do piloto brasileiro, em maio de 1994, após acidente em Ímola.

Foram três os momentos de maior euforia da plateia. Quando Hamilton iniciou seu discurso, no momento em que disse estar “esperando o passaporte brasileiro” e nos minutos finais da palestra ao segurar a bandeira brasileira, entregue a ele por um dos fundadores do evento, Mariano Gomide.

Comentários

Comentários

About Author /

Start typing and press Enter to search

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?