AZ Marias encerra ciclo com o elemento Éter em desfile histórico na SPFW

Nesta sexta-feira (18), a AZ Marias emocionou e surpreendeu o público da São Paulo Fashion Week com o último ato de sua coleção “Florescer”. O desfile, que aconteceu no icônico Teatro Oficina, trouxe o conceito do Éter — o quinto elemento — para o centro das atenções, em uma atmosfera repleta de simbolismo, estética futurista e conexão com as raízes culturais afro-brasileiras. Em meio ao cenário vanguardista do teatro, o desfile final da marca reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade, inclusão, celebração da diversidade e tecnologia. A imersão foi potencializada pelo uso de fones de ouvido da Silentsystem, proporcionando aos convidados uma experiência sonora personalizada e multissensorial, algo inédito na história do evento.

Desde o início, a coleção “Florescer” foi concebida como uma narrativa dividida em cinco capítulos, cada um inspirado nos elementos da natureza. Após a passagem pelos quatro elementos essenciais — terra, água, fogo e ar —, a AZ Marias encerrou sua jornada com o Éter, representado não só como o quinto elemento, mas como o elo espiritual que conecta todos os outros. As roupas apresentadas dialogavam diretamente com essa ideia de transcendência, mesclando influências futuristas e ancestrais em uma fusão de técnicas artesanais, tecidos sustentáveis e design contemporâneo.

Com mais de 30 looks desfilados, a coleção trouxe peças que destacaram a silhueta feminina em toda sua diversidade, com blocos de roupas fitness feitas para celebrar corpos reais e diferentes. Além disso, detalhes como bordados elaborados e acessórios inspirados no filme “O Quinto Elemento” deram um toque de inovação e futurismo ao desfile. As estampas crioulas, sempre presentes nas coleções da AZ Marias, reforçaram a conexão com as tradições afro-brasileiras, criando um diálogo entre o moderno e o ancestral.

A diretora criativa da AZ Marias, Cintia Felix, reafirmou seu compromisso com a moda consciente, utilizando matérias-primas como o cânhamo e a viscose ecovero, que minimizam o impacto ambiental. “Essa coleção representa o auge da maturidade da marca. Nós aprendemos a dialogar com novos públicos sem perder a essência, e isso é o que nos faz crescer”, destacou Cintia ao falar sobre o processo criativo.

As modelos Marcilene Costa e Ana Carolina, da agência Models Black, brilharam na passarela, trazendo ainda mais força à mensagem de inclusão e representatividade que a marca promove. A Revista Raça, que realizou a cobertura completa do evento em parceria com a Models Black, destacou o impacto dessas presenças, com a editora de moda Ana Paula Fernandes, que, ressaltou o impacto emocional e estético do desfile “Foi uma experiência que transcendeu a moda. A AZ Marias conseguiu unir ancestralidade e modernidade de uma forma sublime. O uso do Éter como conceito central trouxe uma dimensão espiritual para o desfile, fazendo-nos refletir sobre a moda como ferramenta de transformação e resistência”, finaliza.