Baiano recebe bilhete racista em condomínio no Rio Grande do Norte: “Negro fedorento”

“Um negro não pode morar em um lugar bom?”, desabafou Alan Batista, que saia para almoçar quando se deparou com as ofensas

O baiano Alan Batista denunciou, em entrevista ao Metro1, que uma pessoa deixou um bilhete racista em seu carro no condomínio onde mora em Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo o empreendedor, ele saia para almoçar com sua família, no último domingo (8), quando leu a mensagem que o chamava de “negro fedorento”.

“A gente se revolta, vem a tristeza, a indignação. Dói lá no peito. A gente procura entender o porquê, são vários questionamentos. A cor da pele influencia em alguma coisa? Um negro não pode morar em um lugar bom? Tem que estar na favela, na pior forma? A gente trabalha tanto e precisamos conquistar nosso espaço”, indagou.

Batista disse ainda que não tem nenhum tipo de convívio com os vizinhos que possa proporcionar inimizades e ataques pessoais. Apesar disso, o empreendedor afirmou que tem suspeitas de quem pode ter cometido o ato racista. Ele contou que foi aconselhado, no entanto, a não se manifestar até que o assunto seja esclarecido pela polícia.

“Fiquei paralisado tentando absorver o que eu estava lendo, tentando entender, querendo saber o porquê. A situação é muito complicada e muito triste, porque você vê seu filho de sete anos querendo ler o papel também, lhe perguntando e você fica de mãos atadas. É um crime de agressividade e uma monstruosidade sem tamanho, que o culpado pague por isso”,  afirmou.