Revista Raça Brasil

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Bárbara Carine escolhe profissionais negros para o nascimento do filho

A chegada de um filho é sempre um momento único. E, no último final de semana, a escritora, professora e ativista baiana Bárbara Carine compartilhou com seus seguidores um capítulo emocionante de sua história: o nascimento do pequeno Raro, seu segundo filho com o cantor e ator Thiago Thomé.

Mas não foi só o nascimento que comoveu — foi também o cuidado com cada detalhe. Bárbara escolheu que todo o processo do parto fosse acompanhado exclusivamente por profissionais de saúde negros. Uma decisão cheia de significado, afeto e consciência.

“Desde que decidimos que o parto seria em Salvador, sabíamos que queríamos uma equipe com esse olhar racial. Porque o maior índice de violência obstétrica no Brasil é contra mulheres negras”, explicou Bárbara, em vídeo publicado nesta segunda-feira (26), nos stories do Instagram.

A escritora deu à luz em um hospital particular que permite a presença de equipe própria, e fez questão de contar com profissionais que, segundo ela, compreendem — na pele — o que é ser uma mulher negra gestando e parindo no Brasil.

“Ter pessoas negras nesse momento traz uma consciência crítica, um acolhimento diferente, mais humano. É alguém que entende a nossa caminhada, que olha pra gente com empatia e escuta real”, contou.

O parto durou 13 horas. Bárbara compartilhou que tentou o parto vaginal, mas a presença de mecônio (as fezes do bebê) no líquido amniótico exigiu uma mudança de planos. Raro nasceu por cesariana, cercado de cuidado, carinho e representatividade.

“Nosso príncipe chegou ao mundo com os olhos e os braços abertos pra abraçar esse mundo tenso, mas igualmente incrível”, escreveu a escritora nas redes, emocionando milhares de seguidores.

Bárbara é conhecida na internet como Uma Intelectual Diferentona, onde fala sobre maternidade, negritude, educação e autocuidado. E com a chegada de Raro, ela reforça que cada escolha pode ser um ato de resistência e amor.

“Foi uma escolha nossa. Por consciência, por cuidado. Porque toda mulher preta merece viver um parto digno, respeitoso e rodeado de amor.”

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