Revista Raça Brasil

Compartilhe

Black Bom no CCBB: Raízes negras em ritmo de baile

Depois de várias edições de sucesso, o Black Bom está de volta para transformar o Centro Cultural Banco do Brasil em um verdadeiro templo da Black Music. A resenha promete uma viagem pelas batidas que ecoam das raízes africanas aos ritmos que moldaram a cultura negra no Brasil e no mundo. Serão três horas de pura energia, onde soul, funk, R&B e hip-hop se misturam para contar a história de um movimento que vai muito além da música – é resistência, identidade e celebração.

E o grande destaque fica por conta do Passinho do Charme, essa joia recém-reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Rio. A festa começa com um aulão cheio de estilo, onde mestres do ritmo ensinam os passos que fizeram história nos bailes das comunidades cariocas.

O charme surgiu nos anos 1970 nos bailes black do Rio de Janeiro, criado por jovens das periferias que misturavam o soul norte-americano com a batida do funk carioca. Inspirado em artistas como James Brown e Tim Maia, o ritmo ganhou identidade própria quando os DJs locais começaram a desacelerar as músicas, criando um estilo mais suave e dançante que permitia coreografias marcantes.

Nas quadras de comunidades como Madureira, Ramos e Baixada Fluminense, o charme se tornou não apenas um gênero musical, mas um movimento cultural – com passos sincronizados, roupas elegantes e uma atitude que unia autoestima negra e resistência através da dança. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Rio em 2013, o charme segue vivo, influenciando gerações e provando que a cultura dos bailes black é uma das maiores heranças da diáspora africana no Brasil.

O evento no CCBB Rio terá entrada gratuita e os ingressos já estão rolando pelo site e na bilheteria. A essência do Baile Black, onde cada passo e cada batida carregam a força de uma cultura que não para de reinventar o mundo.

É pura história sendo dançada!

Publicidade

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?