Imagine aprender a criar seu próprio jogo digital, contando histórias que carregam sua identidade, sua vivência e sua cultura. É exatamente essa a oportunidade que o Black XP BootCamp está oferecendo para jovens negros e indígenas de Feira de Santana e região.
Voltado para estudantes de 17 a 25 anos, o programa quer muito mais do que formar desenvolvedores. Ele quer formar protagonistas — jovens que levem para os games suas narrativas, sonhos e potências, ocupando um espaço onde, por muito tempo, suas vozes foram silenciadas.
Durante 12 semanas intensas, os participantes mergulham em uma jornada gamificada, com 240 horas de aprendizado que combinam aulas gravadas, encontros ao vivo, mentorias e uma imersão presencial no final. O resultado? Um jogo digital feito por eles, com alma, identidade e potência, avaliado por especialistas e certificado via NFT — garantindo visibilidade e credibilidade no mercado.
Mas o BootCamp não é só sobre técnica. É sobre identidade. É sobre pertencimento. É sobre dizer: “nós também criamos, programamos, lideramos.” Com a campanha criativa “Feira é Código”, a cidade ganha um novo símbolo: uma jovem hacker de turbante e headset, que lidera squads e reprograma o sistema com criatividade, cultura e coragem.
“Estar na Black XP Game Jam é um reencontro ancestral. Estamos hackeando o sistema com visão de futuro”, diz Andressa Borges, desenvolvedora sênior e líder do projeto. Em suas palavras, dá pra sentir o que move essa iniciativa: o desejo de transformar realidades usando a tecnologia como ferramenta de futuro.
Ao todo, o BootCamp oferece 30 bolsas (de 50%, 70% e 100%) e seleciona participantes com base em suas trajetórias e identidade. Além do conteúdo técnico, os melhores projetos recebem prêmios como gift cards, kits e assinaturas de plataformas de games e softwares.
A iniciativa é gratuita para os bolsistas e conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc Bahia, com recursos do Governo da Bahia e do Ministério da Cultura, além de parceiros como a Alura e Fiap.