Bruno Mars cancela show em Israel e aguarda orientações para deixar país em meio à guerra

Artista está em Tel Aviv, cidade sob ataque e onde há relatos de edifícios danificados por bombardeios; ele faria apresentação neste sábado

O cantor Bruno Mars aguarda instruções de autoridades em Israel, neste sábado (7), para deixar o país em meio à guerra. O artista — que está em Tel Aviv, cidade sob ataque e onde há registros de edifícios danificados por bombardeios — cancelou o show que apresentaria, nesta noite, no local. A informação foi divulgada por meio de um comunicado da produtora Live Nation nas redes sociais.

Esta seria a segunda apresentação de Bruno Mars em solo israelense nesta semana. Na última quarta-feira (4), o artista subiu ao palco diante de mais de 60 mil pessoas. Na ocasião, comemorou o fato de estar pela primeira vez em Israel e cantou uma música em hebraico, em homenagem ao feriado judaico Sucot.

De acordo com informações de jornais locais, a segurança de Bruno e sua equipe foi reforçada nesta manhã. Nas redes sociais, representantes do maior fã-clube dedicado ao artista afirmam que receberam um aviso de Ryan Keomaka, antigo assistente pessoal do cantor, dizendo que Bruno e seus músicos estão bem

Admiradores do artista passaram a deixar uma série de mensagens para o cantor por meio das redes sociais. “Sinto muito que você tenha que passar por todo esse drama agora em sua visita aqui em Israel. Nós amamos muito você, tome cuidado”, escreveu uma fã israelense na página de Bruno no Instagram. “Por favor, nos avise que você está bem. Fique em segurança”, comentou outra internauta. 

O que está acontecendo em Israel?

Exatos cinquenta anos depois da Guerra do Yom Kippur, quando a inteligência de Israel foi acusada de não ter sido capaz de prever com eficácia o ataque que viria dos países vizinhos, o país se encontra novamente em uma situação similar.

No início da manhã deste sábado (7), dezenas de militantes palestinos entraram em Israel a partir de Gaza e ocuparam cidades, fazendo israelenses de refém. Ao mesmo tempo, pelo menos 2.200 foguetes foram lançados a partir do território controlado pelo Hamas.

– Isto nunca aconteceu na história de Israel. Vilas israelenses estão sob o controle de fato de militantes do Hamas, que estão colocando fogo em casas e matando famílias. Todo o ataque começou de surpresa, ninguém previu que iria acontecer – diz o especialista do Instituto do Oriente Médio, Nimrod Goren. – Tudo isso é inédito em termos de amplitude e vai contra toda a percepção de como está a situação em Gaza no momento. As pessoas achavam que estavam sob controle. 

O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, nas primeiras horas desta manhã, que o país está, de fato, em guerra contra o Hamas. “Estamos em guerra e vamos vencer .O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, ele disse, por meio de mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

Segundo os serviços de emergência de Israel, ao menos 22 pessoas morreram e 545 ficaram feridas nesta manhã, durante os primeiros ataques. “Houve um ataque combinado com a ajuda de parapentes”, disse o porta-voz do exército israelense, o tenente-coronel Richard Hecht. “Neste momento estamos combatendo em diferentes pontos da Faixa de Gaza. As nossas forças estão combatendo no terreno de Israel”, acrescentou.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a ação dos parapentes palestinos.

O exército israelita começou a realizar ataques aéreos na Faixa de Gaza. Os militares israelitas confirmaram num comunicado que “dezenas” dos seus caças estavam “atacando vários alvos” do Hamas no enclave

O porta-voz se recusou a comentar relatos de que israelenses haviam sido capturados por combatentes palestinos. Disse ainda que milhares de reservistas serão convocados para operar em Gaza, bem como no norte do país, perto das fronteiras com o Líbano e a Síria, e na Cisjordânia ocupada.

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