Candidatos cotistas são barrados em concurso da Defensoria Pública de Sergipe

Um grupo de cotistas convocado para fazer prova neste domingo (10), em Aracaju, para o concurso da Defensoria Pública de Sergipe alega que não foi comunicado de que estaria fora do certame.

Segundo a candidata Niully Campos, uma falha no edital do concurso deixaria mais de 20 candidatos cotistas de fora da prova e por isso, um grupo entrou com uma liminar para conseguir fazer o exame.

Ainda de acordo com ela, após determinação judicial os candidatos foram convocados para fazer a prova e somente ao chegar ao local descobriram que uma nova determinação judicial havia suspendido a aplicação para o grupo.

“Não fomos informados sobre o que havia acontecido e muitos candidatos viajaram de outros estados para fazer a prova e foram surpreendidos”, disse.

Assim como Niully, candidatos dos estados da Bahia, do Rio de Janeiro e de Sergipe confirmaram que foram convocados e ficaram de fora do exame. “Fui convocada na sexta-feira e não me deixaram entrar na prova”, contou Ana Luiza, que mora na Bahia.

“Sou do Rio de Janeiro e fui convocado na sexta-feira à tarde e larguei tudo para vir para cá”, desabafou Maikon Conceição.

A candidata Paula Nascimento Santos de Sergipe ficou surpresa com a situação. “Fui convocada na sexta-feira, recebi telegrama e não deixaram eu fazer a prova”.

Niully contou também que diante da situação ninguém da empresa responsável pelo concurso ou da Defensoria Pública conversou com o grupo ou ofertou qualquer tipo de suporte. Além disso, a Polícia Militar chegou a ser acionada porque os candidatos estavam no local.

Após o ocorrido, Niully contou que alguns candidatos pretendem entrar com uma ação para pedir a anulação das provas deste domingo.

Para a concurseira, houve violação do direito dos concurseiros no dia da realização do exame. “Policiais chegaram de arma em punho para nos retirar do local, comunicamos tudo, mesmo diante do constrangimento. A polícia entendeu e pediu para que isso fique registrado na ata. Desde segunda, muitos cotistas tentaram contato com a comissão do concurso, porém não tiveram nenhuma resposta. O Cebraspe não mandou nenhum email para avisar que não era para ir. As pessoas foram ao local de prova e foram impedidos de realozá-la”, contou.

Nota da Defensoria Pública

Através de nota, entre outras questões, a Defensoria Pública citou o respeito ao edital e o cumprimento das decisões judiciais relacionadas ao certame. Além disso, a Defensoria destacou ainda que a Comissão do Concurso lamenta todo o ocorrido e também se solidariza com os candidatos que não puderam fazer a prova escrita no dia de hoje.

A Defensoria disse também que o direito dos candidatos cotistas está sendo devidamente resguardado, pois lhes será garantida a opção, após a aprovação no certame, pela posição na lista de ampla concorrência ou pela posição na lista reservada.

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