Cantor Flávio Assis nos presenteia com “Luar-do-Chão”

Valorizamos a Cultura Popular Brasileira, sobretudo negra e temos a honra de trazer mais um talento: @flavioassisreal Flávio Assis, cantor, compositor e musicista baiano, que herdou da mãe o gosto pela música, e mesclando artistas renomados de Roberto Carlos a Luiz Gonzaga, Stevie Wonder a Reginaldo Rossi, de Maria Bethânia a Raul Seixas, Tracy Chapman, Elton John, Waldick Soriano e Odair José, desenvolveu seu estilo.

Luar-de-Chão tem participação do baiano, cantor, compositor, tradutor, pesquisador e professor de Artes da UFBA, @tiganasantanaoficial Tiganá Santana. O álbum traz suas origens e no repertório ijexá, capoeira, aguerê, coco, ilú e baião. E expõe a motivação das letras nesta obra autoral: “A tradição da filosofia africana, ubuntu, compreende o tempo como trânsito, cujo princípio é a ancestralidade, e, o futuro, seria apenas uma fábula que o Ocidente inventou para sabotar saberes, outros modos de ser e estar no mundo”.

Na faixa Luar-do-Chão, o cantor traz uma ilha ficcional, que referencia rio ao tempo, casa a terra, baseado no escritor moçambicano, Mia Couto. É um samba que retrata o filho pródigo do recôncavo baiano e as umbigadas das sambadeiras que sincretizam festa e fé. E explica: “Faço música como forma de anunciar o meu lugar, meu chão, minha gente, porque somente assim sei viver a partilha do mundo”.

Iniciou-se na música aos 12 anos, ao ganhar do pai um violão. E seguiu em rodas de samba, festas, danças, fé, candomblé e ancestralidade. Estreou na música em 2009 com a A cor da noite, influenciado pela cultura afro-brasileira e participação de Chico César. Hoje mora em São Paulo, é mestre em ciências humanas pela faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH/USP, estudioso de educação decolonial, relações étnico-raciais e professor. Sua música é um misto de suas experiências e vivências.

Por Sabrina Andrea @sabrandrea

Foto: @luan.kardoso

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