Chef de cozinha baiana denuncia racismo após ser acusada de furto no RJ
Uma chef de cozinha afirmou ter sofrido uma falsa acusação de furto dentro de um supermercado. O caso aconteceu no último sábado (6) no Rio de Janeiro. Segundo afirmou, houve dificuldades para registrar uma ocorrência.
Baiana, de Salvador, Eva Moema Nascimento, de 41 anos, foi até um supermercado para comprar camarões. Ela possui um restaurante que comercializa comidas típicas da Bahia. Ao site “g1”, ela afirmou que estava comprando ingredientes e deixou o camarão por último para que não descongelasse.
Após sair do local, diz, dois seguranças foram até ela perguntando se ela não tinha esquecido de pagar nada e pedindo que ela abrisse a bolsa. Foi quando alegaram que Eva estava furtando um litro de leite e que já tinha sido parada outras vezes pela mesma prática, o que ela negou.
A chef acionou a Polícia Militar e registrou o caso em uma delegacia. No entanto, segundo ela, os policiais não conduziram os seguranças para a delegacia e fizeram pouco caso até a chegada do seu advogado.
““Nunca passei por uma situação como essa na minha vida, por esse constrangimento. A polícia completamente omissa, foi solidária ao mercado. O inspetor sequer queria abrir o boletim. O racismo no país é isso, um absurdo”, disse.
A PM do Rio não explicou o motivo de os seguranças não terem sido conduzidos. Já a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada e que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
O Extra, mercado onde o caso aconteceu, afirmou que que repudia veementemente “quaisquer atitudes discriminatórias e tem o respeito e a inclusão como valores e compromissos inegociáveis”, que o episódio não está em conformidade com as políticas da rede e que um processo de apuração interna foi aberto.