China perdoa dívida a Angola

O acordo foi fechado pelo general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do presidente da República, e o conselheiro de Estado do Governo da China, Wang Yong.

O Governo chinês acordou esta segunda-feira, 6 de Junho, conceder um perdão parcial da dívida de Angola à China, equivalente a quase seis milhões de euros, metade do valor de dois empréstimos por liquidar, indica um memorando de entendimento assinado na segunda-feira em Luanda.

O acordo, explicou à Lusa fonte do Governo angolano, é referente ao perdão da dívida acumulada pelo não reembolso de dois empréstimos financeiros concedidos pela China, no valor cada um de 50 milhões de renminbi (6,5 milhões de euros), e cujo valor utilizado por Angola perfaz 97.370.000 renminbi (12,7 milhões de euros).

Este valor deveria ter sido amortizado pela parte angolana até 2015, o que não aconteceu, tendo a China acordado no perdão parcial, de 50%, dessa dívida, equivalente a cerca de seis milhões de euros.

Com este memorando de entendimento, assinado em Luanda pela secretária de Estado para a Cooperação do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Ângela Bragança, e pelo embaixador da China em Angola, Cui Aimin, o Governo chinês aceita dispensar as obrigações da parte angolana em termos de amortização do empréstimo.

As negociações finais decorreram na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Luanda, com a presença do general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, e com o Conselheiro de Estado do Governo da China, Wang Yong.

As duas partes admitiram que o objectivo do acordo passa por “continuar a apoiar o desenvolvimento da economia angolana e aliviar o seu encargo de dívida”.

A China é o maior financiador de Angola e só em 2015 atribuiu uma nova linha de financiamento para obras públicas no país africano, superior a quatro mil milhões de euros.

No entanto, este tipo de financiamento é amortizado por Angola com a entrega de petróleo bruto, sendo a China o principal cliente do crude angolano.

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