CLUBES SOCIAIS NEGROS
Saiba mais sobre os clubes sociais negros
Texto: Oswaldo Faustino| Foto: Shutterstock
Esses clubes nasceram em consequência do racismo mesmo que “cordial”, que proibia nosso povo de frequentar os clubes brancos, fossem da elite ou até mesmo alguns populares, principalmente em cidades do interior. Muitos são centenários, como o de Piracicaba, o de Jundiaí, o de Curitiba e o de Santa Maria. Seu evento principal era, geralmente, o baile. Lá, se reuniam as famílias negras da localidade, nos mesmos moldes da sociedade branca. Havia também concursos de beleza, convescotes (piquenique), confrontos esportivos, sessões solenes, tudo muito chique, muito bonito.
Dali saíram casamentos, sociedades comerciais, amizades perenes, surgiram artistas e esportistas de renome, políticos, profissionais liberais. Enfim, todos os clubes têm muita história para contar. Com a relativa abertura da sociedade, que possibilitou um convívio inter racial menos conflituoso que não significa o fim do racismo os clubes sociais negros foram perdendo a força. Assim como o samba, segundo Nelson Sargento, “agoniza, mas não morre”, o primeiro Fórum dos Clubes Sociais Negros de São Paulo, realizado em Araraquara, em três dias de setembro, comprovou que essas entidades estão bem vivas e que existe muita gente interessada em seu fortalecimento.
O Portal Áfricas, de Washington Andrade, é o principal incentivador para que isso aconteça. Vida longa aos clubes sociais negros do nosso País!