Revista Raça Brasil

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Com Sandra Sá no palco, Realengo celebra potência da música negra

Na última segunda-feira, dia 27 de maio, a Areninha Gilberto Gil, em Realengo, foi tomada por aplausos, memórias e emoção. A cantora Sandra Sá subiu ao palco para dar início ao projeto “Viva o Compositor Brasileiro”, uma homenagem viva e pulsante aos compositores negros que ajudaram a construir os alicerces da música nacional.
Mais do que um show, foi um encontro afetivo entre gerações, ritmos e histórias. Antes de Sandra, quem abriu a noite foi a talentosa Dilma Diva, que já trouxe ao palco a força e a delicadeza das vozes negras contemporâneas. A plateia — diversa, calorosa e presente — respondeu com entusiasmo e gratidão.

Sandra Sá, com sua voz inconfundível e carisma contagiante, emocionou o público com um repertório que resgata memórias e reafirma identidades. Cada música interpretada foi também um tributo à resistência, à ancestralidade e à força criativa de artistas negros que muitas vezes permanecem invisíveis — mesmo sendo a alma da nossa música.
Muito além do palco
O projeto, realizado por meio do edital Aldir Blanc, é uma iniciativa gratuita que busca ampliar o acesso à cultura e reconhecer o protagonismo de compositores negros brasileiros. A ideia é simples, mas poderosa: valorizar quem sempre esteve criando, mesmo quando não havia luzes voltadas para eles.

Levar esse movimento à Zona Oeste do Rio não foi à toa. A escolha do local tem tudo a ver com a proposta de descentralizar o acesso à arte e reconhecer os territórios periféricos como potências culturais.
Uma homenagem com propósito
Mais do que uma homenagem, o evento de segunda-feira foi um respiro em meio à correria, um abraço coletivo em forma de música. Mostrou que quando há espaço, o talento floresce, inspira e transforma.
O “Viva o Compositor Brasileiro” segue com outras apresentações pela cidade, mas o que aconteceu em Realengo já fica marcado na memória: uma noite onde as vozes negras não apenas cantaram — foram ouvidas, celebradas e sentidas.
Que venham mais noites como essa. E que a cultura negra continue ocupando todos os palcos que sempre foram seus por direito.

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