Conheça a história da cantora Ellen Oléria
Confira a história da cantora Ellen Oléria, vencedora da primeira edição do programa The Voice Brasil
TEXTO: Fernanda Alcântara | FOTO: Diego Bresani – Estúdio Califórnia | Adaptação web: David Pereira
Dona de uma das vozes mais marcantes da atualidade e com um carisma ímpar, Ellen Oléria se tornou fenômeno desde que entrou para a primeira edição do programa The Voice Brasil, exibido pela Globo no final de 2012. Mas se engana quem acha que a carreira desta jovem brasiliense começou no programa. Seu talento para a música vem desde criança, na busca do ritmo entre bater tampa de panela e brincar com a sonoridade de copos com água. Em 2009, quando lançou seu primeiro projeto autoral, já era apontada como o maior expoente do cenário musical de Brasília. Hoje, se divide entre gravação do novo CD, entrevistas e shows, sem deixar que a fama lhe tire a humildade e a perseverança de uma verdadeira artista.
Mulher, negra e homossexual, Ellen é merecedora da atenção que tem recebido dos mais diversos veículos de comunicação. Quem já teve a oportunidade de assistir a uma de suas apresentações dela sabe que, dos vários talentos da cantora, sua presença de palco se mostra como uma das marcas mais genuínas. O olhar penetrante e a voz envolvente são somente a porta de entrada para um universo que, muitas vezes, parece não caber dentro de uma única pessoa. Não restaram dúvidas sobre a validade de sua vitória mais do que merecida, afinal, foi a escolha do público, com 39% dos mais de 10 milhões de votos computados. A vitória garantiu um contrato com a Universal Music, um prêmio de 500 mil reais em dinheiro e uma apresentação no réveillon de Copacabana, onde esteve no palco ao lado da Claudia Leitte.
Ellen faz questão de revelar-se como sua própria referência de beleza e atitude. Em uma das mais emocionantes apresentações do The Voice Brasil, ela já chegou à telinha mostrando a que veio, e foi uma das poucas candidatas a ter a aprovação dos quatro jurados do programa em sua primeira audição. Mas não é apenas sua voz que surpreende. Desde muito pequena se mostrava uma ótima instrumentista também. Aos 16 anos já tinha aprendido a tocar violão, bateria, baixo, cavaco e clarinete, embora admita que o último instrumento seja o único que não domina muito. Essa negra de sorriso largo tem o irmão como grande mestre de alguns instrumentos, embora seja autodidata e não negue a influência da igreja em sua formação musical, já que frequentava uma Igreja Batista onde chegava antes dos ensaios da banda só para tocar poder tocar bateria, set de percussão, baixo, violão, e qualquer instrumento que visse pela frente.