Criança negra de 11 anos é baleada no peito por policial que ela mesma chamou para ajudar a mãe
Tiro perfurou o pulmão e dilacerou o fígado de Aderrien Murry, que estava desarmado e seguiu as orientações dos oficiais
Aderrien Murry, de 11 anos, foi baleado no peito pelo policial que ele mesmo chamou para ajudar a mãe. O caso aconteceu na cidade de Indianola, no estado americano do Mississippi, no último sábado (20).
Nakala Murry pediu ao filho que ligasse para a polícia e para a avó quando o pai de um de seus filhos chegou em casa alterado e muito nervoso.
Segundo o jornal Washington Post, os policiais chegaram ao local da ocorrência por voltas das 4h da manhã.
A mulher gritou ainda de dentro da casa para não atirarem, pois não havia ninguém armado.
Os oficiais, então, deram ordem para que todos saíssem com as mãos para cima.
A criança atendeu ao pedido e estava caminhando para fora quando foi atingida por um disparo no peito.
Segundo o advogado da família de Carlos Moore, o tiro quebrou algumas costelas, perfurou o pulmão e dilacerou o fígado.
“Suas palavras foram: ‘Por que ele atirou em mim? O que eu fiz?’ e começou a chorar”, disse a mãe do menino em entrevista a jornalistas nesta semana.
O policial que apertou o gatilho foi identificado como Greg Capers e está de licença remunerada. As imagens da câmera corporal serão usadas na investigação do caso.
Aderrien recebeu alta do hospital na quarta-feira (24) e está em casa com a família.
Nem Capers nem o chefe de polícia de Indianola, Ron Sampson, responderam aos pedidos de esclarecimento da imprensa americana.