Dia Nacional do Funk – Comemoração com Exposição em SP

A conquista deste dia vem do projeto (PL 2229/2021) que foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura, e 12 de julho foi a data escolhida para homenagear o “Baile da Pesada” que aconteceu no Rio de Janeiro nesse mesmo dia em 1970. Esta festa foi precursora e ajudou na popularização deste estilo musical. São Paulo já comemora o Dia do Funk em 07 de julho, homenageando MC Daleste que foi assassinado durante uma apresentação popular em Campinas em 2013.

Ritmo musical nascido na periferia urbana e com a comemoração propõe a valorização da expressão cultural, destaca a senadora relatora Janaína Farias (PT-CE), para ela é importante que seja desfeito o preconceito contra esse gênero que é bastante consumido no Brasil e no exterior. Em nosso país é necessário reconhecer o funk, sua história e o papel de transformação em nossa sociedade. Nascido nas periferias de grandes cidades e seu público principal são os jovens e hoje representa grande força econômica e cultural.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) também envolvido no projeto confidenciou ter sido DJ e influenciado artistas do funk carioca como Furacão 2000 e Claudinho e Buchecha e qualificou o estilo como uma manifestação cultural legitimamente brasileira, com enorme potencial econômico, capaz de movimentar milhões e censurou qualquer tipo de preconceito. Embora tenha uma origem marginalizada e criminalizada, normalmente associado à ilegalidade e a violência, o funk ainda traz transformação e esperança para a maioria dos jovens que curtem.

Esse ano para celebrar o Museu das Favelas, em São Paulo, traz uma exposição “Funkeiros Cults“ que entra em cartaz exatamente amanhã (12), com entrada gratuita. A mostra traz um enfoque artístico contemporâneo, protagonizado pela cultura do funk. Será possível ter contato com a cultura periférica e sua identidade. Dividida em 4 bases: ‘Território’ apresenta o dia-a-dia um bairro da periferia de Manaus (AM); ‘Arte’ que recria pinturas clássicas ao estilo funk; ‘Identidade’ trazendo o funk como estilo de vida, e ‘Literatura’ que relaciona obras literárias com imagens da estética periférica.  

Dayrel Teixeira @dayrelteixeira é o curador e responsável pelo projeto ao lado do co-curador Leandro Mendes @leandro.mendesp, do coletivo Funkeiros Cult, ele que é artista visual e coordenador do Núcleo de Educação do Museu das Favelas @museudasfavelas, se sente realizado com a exposição que dá outro prisma à arte, cultura e música da periferia.

O público terá a oportunidade de ter contato com obras inéditas, vídeos especiais desenvolvidos pelo coletivo Funkeiros Cult e ainda poderão tirar fotos em espaços cenográficos instagramáveis, conectando-se com um universo único e autêntico. A diretora do Museu das Favelas, Natália Cunha, declara que é a chance do público ter um olhar diferente e sem preconceito sobre a cultura do funk, através da junção de arte e periferia.

Por Sabrina Andrea @sabrandrea

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