Diarista grávida denuncia que sofreu agressões físicas e racismo de patrões na frente da filha

caso é investigado por violência doméstica/familiar e injúria racial. Advogada diz que vítima foi chamada de ”macaca”

Uma diarista grávida de três meses denunciou à Polícia Civil que sofreu racismo e agressões físicas dos patrões na frente de sua filha, no prédio em que trabalhava, em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

O caso denunciado por Kássia da Silva, de 26 anos, foi registrado por ela mesmo em vídeo. A advogada da vítima, Bianca Carvalho, disse que ela foi chamada de ‘’macaca’’ e ‘’negra suja’’ pelo casal para quem trabalhava.

No vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a discussão entre a diarista e a patroa no momento em que ela exige o pagamento por quatro dias de serviços domésticos.

A briga aconteceu em frente a filha mais nova da diarista, que chora, enquanto a mãe é agredida.   

Na denúncia, a trabalhadora relatou que os crimes aconteceram na quinta-feira (23). O caso foi registrado pela Polícia Civil, que apura as denúncias. 

Mãe solteira de quatro filhos e gestante no terceiro mês, Kássia encontrou a vaga de trabalho por meio de um aplicativo. 

Segundo informações repassadas pela advogada do caso, o acordo era que Kássia passasse a dormir no trabalho e voltasse nos fins de semana para sua casa. Para isso, ganharia R$ 1.500.

A advogada ainda disse que, a vítima tinha uma jornada de trabalho de 16 horas por dia, com início às 5h30 e término  às 21h30. Além disso, afirmou a defensora, só tinha direito  ao almoço.

‘Ela me contou que som poria jantar se sobrasse do almoço”, acrescentou a advogada Bianca Carvalho.

Carvalho afirmou que está acompanhando o caso e que Kássia tem sido ajudada por amigos e parentes.

Vídeo 

No vídeo, filmado pela própria Kássia, a patroa manda ela ir embora, enquanto a diarista cobra pelos seus quatro dias trabalhados, a patroa então rebate perguntando quanto deve a ela. É possível ver, que ambos os patrões estão nas filmagens. A trabalhadora se nega a ir embora sem o pagamento e em meio a discussão, a patroa agride a diarista na frente de sua filha, uma criança, que começa a chorar assustada.

O que diz  Polícia Civil 

Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco dise que o caso está sendo investigado pela  2ª Delegacia da Mulher.

A ocorrência é tratada como ameaça como violência doméstica/familiar e injúria por violência doméstica/familiar.

”As agressões teriam sido cometidas por um homem de 23 anos. A PCPE está tomando as devidas providências”, acrescentou.

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