O Mundial de Atletismo em Tóquio marca um feito inédito para o esporte brasileiro. Pela primeira vez, o país terá dois representantes nos 100 metros rasos que já correram a distância em menos de dez segundos: Erik Cardoso e Felipe Bardi, que chegam à competição entre os principais nomes da delegação nacional.
Erik foi o pioneiro a entrar no seleto grupo dos atletas “sub-10”. O marco aconteceu em julho de 2023, quando ele cravou 9s97 no Campeonato Sul-Americano em São Paulo. Desde então, o velocista seguiu evoluindo e, em julho deste ano, estabeleceu o atual recorde brasileiro e sul-americano com 9s93, conquistado no Troféu Brasil Interclubes.
Pouco depois, em setembro de 2023, Felipe Bardi se juntou à lista dos mais velozes ao correr 9s96 no Troféu Bandeirantes, em São Bernardo do Campo. Assim, o Brasil passou a contar com dois velocistas capazes de competir em alto nível na prova mais prestigiada do atletismo mundial.
Segundo Darci Ferreira, técnico de ambos os atletas, o trabalho intenso pode render resultados expressivos em Tóquio. “Eles estão treinando muito bem, preparados e determinados a fazer uma boa competição. Acredito que possam alcançar suas melhores marcas na competição, porque o trabalho foi direcionado para isso. Estamos em uma boa fase e seguimos otimistas”, afirmou.
O cenário, no entanto, é de alto nível. A disputa dos 100 metros contará com nomes de peso, como o norte-americano Noah Lyles, atual campeão mundial e olímpico, além dos jamaicanos Kishane Thompson, vice-campeão em Paris, e Oblique Seville, considerados fortes concorrentes ao pódio.
Entre expectativas e recordes pessoais, Erik e Bardi carregam consigo a esperança de consolidar o Brasil como uma nova força nos 100 metros, em uma das corridas mais simbólicas e desafiadoras do atletismo mundial.
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