Dois advogados foram identificados como suspeitos em investigação de racismo na final da Copa do Brasil

Os homens são de Londrina e estão sendo investigados por fazer gestos apontando para a pele

A Polícia Civil do Paraná identificou os dois torcedores do Athletico que foram flagrados fazendo gestos supostamente racistas durante a final da Copa do Brasil. As investigações mostram que ambos são advogados da cidade de Londrina, no Paraná.

Em entrevista para o Globo, o delegado Luiz Carlos Oliveira, responsável pelo caso, disse que a polícia está tentando localizá-los para colher depoimentos. Uma das possibilidades seria ouvir os advogados em Londrina. Nenhum deles teve o nome revelado.

“O principal era identificar os torcedores, o que conseguimos. Agora, vamos avaliar se fazemos uma carta precatória, se serão ouvidos em Londrina, depois que os localizarmos”, contou Oliveira. “Acredito que estavam passando a mão na pele, o que pode ser um gesto racista. Vamos apurar”, disse.

Depois de prestar depoimento, uma torcedora do Athletico, de 24 anos, foi indiciada pela Polícia Civil. Ela também não teve o nome revelado. À polícia, ela alegou estar fazendo o gestos para os torcedores do próprio time, porque jogaram bebida no empresário Luciano Hang. Ela alega que eles estariam agindo como primatas.

O caso será analisado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). As denúncias também foram encaminhadas ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que recebeu ao todo 53 denúncias de racismo relacionadas ao futebol brasileiro em 2021. O levantamento inclui casos ocorridos em estádios, na internet e fora desses dois espaços.

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