Depois de dizer que estava cansada do pop, Doja Cat voltou a apostar no gênero para seu próximo álbum, “Vie”. Essa decisão vai além da música: é um ato de afirmação da sua identidade como mulher negra que transita entre o rap e o pop com originalidade e coragem.
Em entrevista, ela falou com sinceridade sobre o que o pop representa para ela — não apenas um estilo, mas um espaço de poder para contar histórias de amor, desejo e vulnerabilidade, temas que muitas vezes são silenciados ou estigmatizados quando vêm de mulheres negras. Doja não tem medo de mostrar sua complexidade e de se reinventar, revelando sua versatilidade artística.
A sonoridade do álbum mistura influências retrô e futuristas, criando uma atmosfera que é ao mesmo tempo íntima e inovadora, com referências que vão de Prince ao dreamcore. É como se ela convidasse o público a entrar no seu universo, onde ser mulher, negra e artista pop é, sim, um lugar de protagonismo e resistência.
Com 16 faixas já divulgadas, “Vie” promete ser uma celebração da sua autenticidade, trazendo uma mulher negra que não se encaixa em rótulos e que segue rompendo barreiras. Mais que música, Doja Cat mostra que ocupar esse espaço é também uma forma de empoderamento e inspiração para tantas outras pessoas que buscam se reconhecer nas telas, nos palcos e nas playlists.