Atriz interpreta Dita, que volta ao horário das seis agora como uma mulher emancipada e com carreira própria. A mudança responde às críticas recebidas em versão anterior.
A atriz Jeniffer Nascimento retornará ao horário das seis da TV Globo com uma personagem marcante: Dita, agora protagonista de uma trajetória de superação e reconhecimento. Em entrevista coletiva da nova novela Êta Mundo Melhor, que estreia em breve, Jeniffer afirmou que a trama promove uma “reparação histórica” com a personagem, que em sua versão anterior havia sido alvo de críticas por representar uma mulher negra com poucas falas e papel secundário.
“Essa é uma nova Dita. Antes, ela era apenas uma empregada que aparecia e saía de cena. Agora, ela tem voz, tem história e tem protagonismo”, declarou a atriz. Na nova versão, Dita não é mais funcionária da casa de Sandra (Flávia Alessandra), mas sim uma cantora de rádio em ascensão, que assume seus sonhos, amores e escolhas com mais autonomia.
Jeniffer relembrou que, em Êta Mundo Bom! (2016), sua personagem foi criticada por representações limitadas e pouco desenvolvidas. “Na época, recebi muitas mensagens de pessoas negras questionando a falta de protagonismo da Dita. Eu entendi aquela dor”, afirmou. Segundo ela, a nova versão surge como uma resposta a essas demandas, trazendo uma personagem mais complexa e com voz ativa.
A transformação acompanha um movimento mais amplo das novelas brasileiras que, nos últimos anos, têm buscado corrigir apagamentos históricos, oferecendo papéis mais consistentes a personagens negros.
Crédito da foto: Dita (Jeniffer Nascimento) em Êta Mundo Bom! e em Êta Mundo Melhor! — Foto: Globo