E se o morador em situação de rua fosse branco, seria estupro?
Por: Maurício Pestana e Jaice Balduino
A sexualização do homem e da mulher negra, já foi tema de vários estudos por psicólogos. Sempre colocado como objeto sexual no caso das mulheres e no caso do homens negros alguém que está sempre apto para o sexo .
Nos Estados Unidos, temos o exemplo de vários casos onde homens negros foram condenados injustamente por estupro ou violência sexual.
Numa sociedade racista e patriarcal, sempre onde há uma questão de sexualidade envolvendo homens negros é “natural” dizer que é estupro casos assim.
Pelo sim e pelo não, mais uma vez, o caso do cidadão em situação de rua que aconteceu na cidade Planaltina, no Distrito Federal, teve repercussão nacional. Isso nos faz refletir sobre o assunto.
Ele foi acusado de estupro pelo namorado de uma mulher branca de classe média envolvida no caso. No dia do ocorrido ele foi agredido pelo personal , que havia saído para procurar sua namorada, da qual não havia notícia desde o início do dia em questão.
O personal flagrou os dois dentro do carro tendo relações sexuais no banco da frente.
A mulher envolvida e o morador de rua disseram que todo o acontecido foi consensual, ela também disse que não estava sob efeito de álcool.
Essa semana novamente ele deu novos depoimentos sobre o caso após sair do hospital, dizendo que o ocorrido foi consensual.
Questionamentos?
E se morador de rua fosse branco? Qual seria a acusação?
Tem viralizado nas redes, a história de um casal da Inglaterra, após uma mulher ter publicado um vídeo no TikTok contando que, quando os dois se conheceram, o homem morava na rua e foi ajudado por Jasmine, que relatou que nunca iria imaginar que uma ida ao supermercado poderia mudar sua vida.
Voltando para o caso aqui no Brasil, será que mais uma vez esse inconsciente ou consciente coletivo agiu novamente acusando um homem negro de estupro?