Revista Raça Brasil

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E se o novo Professor Xavier fosse negro?

E se, no próximo reboot dos X-Men, o Professor Xavier fosse um homem negro?

Parece apenas um boato, mas carrega um significado profundo. Segundo o jornalista Jeff Sneider, a Marvel Studios estaria considerando atores negros para viver Charles Xavier, o líder dos X-Men, em sua estreia no Universo Cinematográfico Marvel (MCU). A informação surgiu no podcast The Hot Mic, onde ele disse: “Continuo ouvindo sobre atores negros para Charles [Xavier]”.

Pode ser só especulação, mas, para quem cresceu sem se ver como protagonista, essa possibilidade bate diferente.

Mais do que uma escolha estética

É sobre reimaginar o que nos foi negado por tanto tempo

O Professor Xavier sempre foi o mentor, o visionário, o homem de paz que acreditava num mundo melhor mesmo diante do caos. Ver um homem negro nesse papel é mais do que simbólico — é um respiro de representatividade, especialmente para tantas pessoas negras que ainda lutam todos os dias para que suas ideias, seus saberes e suas existências sejam reconhecidos.

A possibilidade de escalar Colman Domingo — ator de presença intensa, premiado e com histórico de papéis fortes — torna tudo ainda mais emocionante. Domingo já foi citado em rumores anteriores sobre o MCU e tem bagagem para carregar uma figura como Xavier. Mais do que talento, ele transmite aquele tipo de firmeza suave que nos lembra de líderes reais: os que ensinam, acolhem e levantam os que estão ao redor.

Outro nome citado por Sneider foi o de Denzel Washington, cogitado para viver Magneto. E aí a imaginação vai longe: dois homens negros, com visões de mundo opostas, lidando com dor, trauma, ideais e esperança. Não seria a primeira vez que se traça um paralelo entre Professor X e Magneto com Martin Luther King Jr. e Malcolm X — só que, dessa vez, com rostos e histórias que se aproximam muito mais dessa referência.

O que isso mudaria?

Para alguns, talvez nada. Mas para quem sempre foi deixado de fora, muda tudo.

Ver um Professor Xavier negro é imaginar que nossas vozes também podem ser guia, que nossos corpos podem liderar sem medo, que nosso afeto pode ser o centro da história. É mostrar que a inteligência, a empatia e a capacidade de formar futuros melhores não têm cor, mas precisam ter espaço.

Mesmo sem confirmação da Marvel, o fato de essa conversa estar acontecendo já nos mostra que há sede por mudanças. E se elas vierem com mais rostos negros nos lugares centrais da ficção, que bom. Porque ver-se como líder, mestre ou herói nunca deveria ser exceção.

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