Revista Raça Brasil

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Eixo Afro-Digital conecta quilombos e terreiros

O lançamento do Eixo Afro-Digital: Conectando Quilombos e Terreiros, no Forte da Capoeira, em Salvador, marca um passo significativo rumo à inclusão digital e valorização da cultura afro-brasileira.

Essa iniciativa, liderada pela Fundação Cultural Palmares em parceria com os Ministérios da Cultura e das Comunicações, visa reduzir a exclusão digital em territórios afro-brasileiros e tradicionais. O projeto não apenas leva equipamentos e conexão à internet para essas comunidades, mas também promove a valorização da produção cultural e memória coletiva, garantindo que ocupem o espaço virtual com respeito à sua ancestralidade.

A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre os Ministérios da Cultura e das Comunicações simboliza o compromisso do governo em promover a inclusão digital como um direito cultural e instrumento de justiça social. A entrega simbólica de 200 computadores recondicionados a comunidades quilombolas e povos de terreiro é um gesto inaugural de um processo que visa fortalecer a autonomia e ampliar a presença dessas comunidades no ambiente digital, sem romper seus vínculos com a tradição.

O afroturismo pode desempenhar um papel fundamental nesse contexto, promovendo a visibilidade e o reconhecimento da riqueza cultural afro-brasileira. Ao integrar tecnologia e ancestralidade, o Eixo Afro-Digital pode se tornar uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento socioeconômico dessas comunidades, permitindo que elas sejam protagonistas de suas próprias histórias e narrativas.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, enfatizou a importância da conectividade em todos os territórios culturais do país, permitindo que as pessoas estudem, trabalhem e expressem sua identidade. O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou que a inclusão digital é essencial para o desenvolvimento social e econômico, e que a parceria inclui formação, conectividade e valorização de saberes tradicionais.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, ressaltou que o futuro chegou e é inclusivo, digital e respeitoso com a história. A iniciativa reforça o elo entre passado e futuro, fortalecendo o Forte da Capoeira como um ponto de resistência negra e de presente e futuro.

No entanto, é fundamental que essa iniciativa seja acompanhada de uma reflexão crítica sobre a exclusão digital e suas implicações para as comunidades afro-brasileiras. É preciso garantir que a tecnologia seja uma ferramenta de empoderamento e não de dominação, promovendo a diversidade e a inclusão.

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