Em entrevista à CNN, goleiro Aranha afirma que é preciso fala sobre racismo no futebol

O jogador deu entrevista para a CNN Rádio, onde comentou o caso de racismo sofrido por Gabigol do Flamengo

Na quarta-feira (9), o goleiro Aranha esteve no quadro CNN no Plural, na Rádio CNN, e comentou sobre os casos de racismo no futebol. O ex-jogador falou sobre o ocorrido contra Gabigol do Flamengo e Vitinho, formado na base do São Paulo.

Durante a conversa Aranha disse que “não existe maneira melhor de resolver o problema do que falando sobre ele, é preciso ter essa conversa.”

Para o ativista, o Brasil “sempre se negou” a falar sobre racismo. “Apesar de todo mundo saber que exista, todo mundo conhecer um racista, os próprios brasileiros não conhecem a história”. Ele ainda complementou: “As pessoas sempre me perguntam sobre o episódio na Arena do Grêmio como se fosse o único, mas não foi, mas não tinha apoio das câmeras para questionar”.

Aranha acredita que é preciso mudar a forma como a população pensa sobre o assunto, para que atos racistas sejam denunciados com a frequência com que acontecem. Ele ainda pontuou que o episódio na Arena do Grêmio, em 2014, não foi o primeiro e nem é o único.

Mário Lúcio Duarte Costa se tornou um militante da questão racial no Brasil muitos anos antes de ter sido chamado de “macaco” por torcedores do Grêmio, em jogo pela Copa do Brasil, em 2014. Estudioso, o goleiro da Ponte Preta cita de memória autores e passagens da história do negro no Brasil. O episódio na Arena do Grêmio, quando estava no Santos, deixou seu engajamento em alto relevo. Uma militância que é solitária – Aranha faz questão de frisar que não integra nenhum grupo. Já foi convidado diversas vezes para se filiar e virar um político no futuro. Não quer. É o exército de um homem só.

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