Emicida conversa sobre rap, identidade e periferia no ‘Mano a Mano’

Em conversa com Mano Brown, Emicida relembrou a vida na periferia

O episódio de estreia da segunda temporada do ‘Mano a Mano’ que vai ao ar hoje (24) traz o rapper Emicida como primeiro entrevistado. Durante o bate-papo, os dois falam sobre a vida na periferia, sobre rap, carreira e identidade negra.

Emicida relembra a troca que teve com Mano Brown no passado e marcou sua carreira: “Você me disse: ‘faz música boa e dá entrevista daora’.” Ele ainda conta que seu interesse pela música vem de longa data. “Eu nunca sei direito quando começa uma carreira, mas se for para contar desde quando eu me interesso por música, aí é desde os 8 anos de idade. O rap foi algo que fez minha família olhar no espelho e perceber que era preta.”

Durante a conversa, Mano Brown e Emicida destacaram a importância do conhecimento dos povos originários e a relação com as questões de urbanização: “Nossa relação com as enchentes, por exemplo, tudo isso se dá porque o modo de desenvolvimento que optamos quanto sociedade é surdo para o modo de viver que já existia aqui”, comenta Emicida. E diz que se sente em uma máquina do tempo quando circula pela cidade: “Certas regiões são modernas, tem todos os aparatos que a dignidade necessita, mas à medida que você vai se distanciando do polo financeiro, você começa a ver esse sistema de dignidade minguar”, complementa o rapper.

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