Empresa de beleza não apoia ações antirracistas

Uma das marcas mais populares da indústria de beleza no Brasil, a Embelleze optou por silenciar sobre o racismo para não ter prejuízos financeiros. Foi o que afirmou a influenciadora Monique Elias, mulher de Itamar Serpa Fernandes, dono da empresa, durante uma entrevista ao perfil Beyoncé Destruidora, no Instagram.

“Acredito que é fácil ficar em cima do muro. As pessoas não se posicionam, sabe por quê? Porque toca na ferida, e a ferida é o bolso. O Itamar me respondeu que não entra em bola dividida”, disse ela.

A empresa, que nasceu como uma produtora de alisantes de cabelo, desenvolveu nos últimos anos uma série de produtos direcionados a cabelos cacheados e crespos e tem como principais consumidoras mulheres negras. Apesar disso, a marca não se manifestou sobre os movimentos antirracistas.

Em nota, a empresa se posicionou dizendo que “sempre abraça a beleza das diferenças e isto está no DNA desde os primeiros produtos”. E anunciou a criação de um comitê de diversidade. Também no comunicado afirmou que “a opinião de Monique Elias Serpa, falada em uma live recente, não reflete à cultura de transformação da Embelleze”.

No Instagram, a página “Meu cacho Embelleze” conta com mais de 200 mil seguidores e apresenta parcerias com influenciadoras negras. Não foi feita nenhuma publicação sobre pautas antirracistas.

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